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Economia

- Publicada em 10 de Agosto de 2018 às 18:23

BRF tem prejuízo líquido de R$ 1,5 bilhão no segundo trimestre

A BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, anunciou nesta sexta-feira que teve um prejuízo líquido de R$1,5 bilhão no segundo trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. Foi uma elevação de 846% em relação ao segundo trimestre de 2017, quando o prejuízo foi de R$ 166 milhões. No primeiro trimestre, a empresa já havia reportado prejuízo de R$ 114 milhões.
A BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, anunciou nesta sexta-feira que teve um prejuízo líquido de R$1,5 bilhão no segundo trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. Foi uma elevação de 846% em relação ao segundo trimestre de 2017, quando o prejuízo foi de R$ 166 milhões. No primeiro trimestre, a empresa já havia reportado prejuízo de R$ 114 milhões.
"Neste trimestre, o recrudescimento de políticas comerciais com traços protecionistas fez com que a BRF enfrentasse situações bastante adversas, principalmente nos mercados internacionais e com grande efeito no mercado doméstico. Fomos surpreendidos, no início de junho, com a decisão preliminar do governo da China de iniciar a cobrança temporária de tarifas antidumping sobre importação de carne de frango brasileira. Trabalhamos neste momento para elucidar todos os questionamentos das autoridades chinesas. E a greve dos caminhoneiros foi um grande teste", escreveu em nota o presidente global da BRF, Pedro Parente.
Em junho, a BRF anunciou uma reestruturação operacional e financeira, e espera arrecadar até R$ 5 bilhões, no segundo semestre, principalmente com a venda de ativos e desinvestimento. O plano foi anunciado duas semanas após Pedro Parente, ex-presidente da Petrobras, assumir a presidência da empresa, encerrando um briga de acionistas que colocou de um lado os fundos de pensão Petros e Previ e, de outro, o empresário Abilio Diniz, que estava na presidência do Conselho de Administração.
A BRF também vem vivendo um período negativo em seus negócios e apresentou dois prejuízos consecutivos em 2016 e 2017, que somados chegam a R$ 1,5 bilhão. Maior exportadora de frangos do mundo, a companhia foi alvo, no início do ano, de mais uma fase da Operação Carne Fraca, e teve alguns de seus ex-executivos presos.
Em seguida, a União Europeia e a Rússia vetaram a entrada dos produtos da companhia, que perdeu acesso a alguns de seus maiores mercados internacionais. Os frangos exportados pela empresa também foram sobretaxados pela China recentemente, prejudicando os números da BRF.
A dívida líquida, que somava R$ 14 bilhões no fm do primeiro trimestre, ficou em R$ 15,6 bilhão no encerramento do segundo trimestre de 2018. As despesas financeiras somaram R$ 1,8 bilhão, frente a R$ 1,4 bilhão registrados no segundo trimestre de 2017.
No plano anunciado em junho, a empresa informou que vai focar seus esforços nas operações no Brasil, Ásia e mercado muçulmano, incluindo Oriente Médio e Turquia. Os recursos obtidos com a venda de ativos serão usados para reduzir dívida. A meta é diminuir a alavancagem (relação entre a dívida líquida e a geração de caixa) para 4,35 vezes no fim do ano, e abaixo de 3 vezes em dezembro de 2019.
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