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Turismo

- Publicada em 12 de Agosto de 2018 às 21:24

Setor turístico envia propostas aos candidatos

País está entre os mais competitivos do mundo na oferta de destinos

País está entre os mais competitivos do mundo na oferta de destinos


/ODARA TURISMO/DIVULGAÇÃO/JC
Entidades vinculadas ao turismo encaminharam propostas e sugestões aos candidatos à presidência da República, com foco na construção e consolidação de uma política pública que possa promover o desenvolvimento do setor no Brasil. Até a última sexta-feira, seis presidenciáveis haviam recebido o documento Turismo: Desenvolvimento Emprego Sustentabilidade.
Entidades vinculadas ao turismo encaminharam propostas e sugestões aos candidatos à presidência da República, com foco na construção e consolidação de uma política pública que possa promover o desenvolvimento do setor no Brasil. Até a última sexta-feira, seis presidenciáveis haviam recebido o documento Turismo: Desenvolvimento Emprego Sustentabilidade.
De acordo com o presidente do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur), da Confederação Nacional do Comércio, de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Alexandre Sampaio, as propostas foram elaboradas por 25 entidades nacionais, dos mais variados nichos de atuação no mercado turístico, visando "transformar o potencial turístico brasileiro em realidade".
Sampaio destaca que o Brasil é o país mais competitivo do mundo na oferta de recursos naturais para a indústria de viagens, mas que se encontra no 37º lugar em facilidades de operacionalização dos produtos. Entre as demandas e necessidades apontadas por entidades como a Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Fnhrbs), a Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav) e a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), para citar algumas, a celeridade no licenciamento ambiental de projetos turísticos é uma das principais. Sampaio destaca que o documento aponta caminhos para alavancar a indústria do turismo como vetor da retomada do crescimento econômico e da geração de empregos por meio de cinco pilares de ação: infraestrutura, promoção, gestão e monitoramento, segurança jurídica, e competitividade. "Reunimos, em um texto com linguagem objetiva e prática, as principais reivindicações do setor empresarial do turismo brasileiro."
Ao listar 10 premissas para desenvolver o setor, o documento ressalta que a iniciativa privada no turismo "será aliada" do novo governo, que se instala em 2019, na busca do fortalecimento das políticas públicas. "O setor deve ter representação e orçamento condizentes com a sua importância econômica, buscando aumentar a competitividade e, ao mesmo tempo, garantir a sustentabilidade econômica social, ambiental e cultural da atividade turística", justifica o presidente do Cetur. Sampaio destaca que, para um cenário colaborativo ocorrer, será necessário que o governo melhore a infraestrutura pública, a qualidade das instalações e dos serviços que atendem a população e também os turistas.
Já o presidente do Brasil Convention & Visitors Bureau (Brasil CVB), Márcio Santiago, observa que o País "precisa viver um novo momento, e o turismo é um segmento que pode contribuir de forma decisiva em todos os aspectos da vida brasileira". Outras demandas, como fortalecer a imagem do Brasil no exterior e seus diferenciais como destino turístico, através da transformação da Embratur em agência de fomento (no mesmo molde da Apex), e melhorar as condições para investimentos nacionais e estrangeiros - a exemplo de equalizar o ICMS de aviação para ajustar preços e facilitar a chegada de novas companhias estrangeiras -, integram o documento.
"Precisamos de estratégias urgentes não só para incentivar, mas para possibilitar o mercado do turismo. Esta é a hora de deixarmos claro para o futuro presidente o que a indústria de turismo precisa para crescer", afirma o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih Nacional), Manoel Linhares. O presidente do Cetur destaca que, desde a criação do Ministério do Turismo (MTur), em 2003, há "uma séria descontinuidade das políticas públicas para o setor no Brasil, inclusive com o descumprimento da legislação que tornou o Plano Nacional de Turismo uma política de Estado". Para Sampaio, a deficiência de infraestrutura básica de serviços, em todas as áreas no País, inibe e atrasa também o ambiente de negócios e o desenvolvimento do turismo.

Ideias apresentadas pelos empresários foram bem recebidas pelos presidenciáveis

No dia 15, o documento Turismo: Desenvolvimento Emprego Sustentabilidade, assinado por 25 entidades do setor, será entregue para o candidato a vice-presidente na chapa do PT, Fernando Haddad. Até agora, as propostas têm sido bem recebidas pelos candidatos. Henrique Meirelles (MDB) foi o sexto presidenciável a receber o documento, na quinta-feira passada, em São Paulo. Para Meirelles, "não se pode negar" a importância do turismo brasileiro, que "se destaca pelos atrativos naturais e culturais, e ambientes diversificados", que vão desde cidades históricas até o Pantanal e a Amazônia. "Tudo isso representa uma oportunidade muito grande de investimento, além de retorno para o País, para a indústria, e, finalmente, para gerar empregos", afirmou.
Também já receberam o documento os candidatos Jair Bolsonaro (PSL), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Álvaro Dias (Podemos) e Guilherme Boulos (PSOL). O candidato à presidência Álvaro Dias afirmou que, se eleito, vai estabelecer uma comunicação permanente com entidades representativas como as que compõem o Cetur/CNC. Já para Guilherme Boulos, "o turismo deve ter tratamento diferenciado, por conta das possibilidades de crescimento que pode gerar ao País". O candidato do PSOL destacou a necessidade de melhorar a malha aérea regional. "O turismo significa emprego, que é o que o Brasil mais precisa hoje, além de ser um setor estratégico, que traz desenvolvimento de forma sustentável", afirmou Geraldo Alckmin, ao destacar o "compromisso" com o setor, que, "por sua capilaridade, redistribui renda no País".