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Economia

- Publicada em 09 de Agosto de 2018 às 16:57

Juros fecham em alta em dia negativo para moedas de economias emergentes

Agência Estado
Os juros futuros fecharam a sessão regular desta quinta-feira (9) em alta, que foi mais forte nos contratos de longo prazo, mais sensíveis ao cenário externo e fiscal. A curva empinou, refletindo, principalmente, a aversão ao risco a moedas de economias emergentes, detonada pela situação da Turquia, que ajudou o dólar no Brasil a retomar o patamar os R$ 3,80.
Os juros futuros fecharam a sessão regular desta quinta-feira (9) em alta, que foi mais forte nos contratos de longo prazo, mais sensíveis ao cenário externo e fiscal. A curva empinou, refletindo, principalmente, a aversão ao risco a moedas de economias emergentes, detonada pela situação da Turquia, que ajudou o dólar no Brasil a retomar o patamar os R$ 3,80.
Internamente, a decisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), na quarta, de reajustar seus próprios salários em 16,38%, na contramão do esforço do governo de reduzir os gastos públicos, também trouxe desconforto.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou em 6,660%, de 6,648% no ajuste de quarta, e a do DI para janeiro de 2020 subiu de 7,99% para 8,09%. A taxa do DI para janeiro de 2021 encerrou a 9,16%, de 9,03% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2023 avançou de 10,48% para 10,63%. A taxa do DI para janeiro de 2025 terminou em 11,31%, de 11,15%.
Juliano Ferreira, estrategista da BGC Liquidez, considera o movimento da curva nesta quinta "quase que exclusivamente externo". "Há um contágio pelo câmbio via Turquia, que traz um sinal ruim para emergentes", disse.
O dólar, que também avança ante as moedas principais, renovou máximas históricas ante a lira durante a quinta-feira, em meio à desconfiança do mercado de ingerência política sobre o banco central do país, que resiste em elevar os juros mesmo em meio ao aumento das pressões inflacionárias. Além disso, pesam as tensões geopolíticas após Washington ter imposto sanções contra autoridades turcas.
Aqui, o aumento no salário dos ministros do STF, se aprovado, trará mais pressão ao já apertado Orçamento de 2019, reforçando a necessidade de continuação das reformas nos próximos anos, quando o Brasil estará sob um novo governo. Por isso, essa urgência eleva a cautela com as eleições e com o desempenho do principal candidato tido pelo mercado como reformista, o tucano Geraldo Alckmin. A expectativa é agora pelo debate entre os presidenciáveis na TV Bandeirantes, no período da noite, que não terá a participação do PT.
Nos demais ativos, os preços do petróleo fecharam em queda, mesmo após as fortes perdas de quarta, enquanto o dólar ganhava mais força no exterior, levando o euro para as mínimas. No Brasil, às 16h30, o dólar à vista subia 0,97%, aos R$ 3,8007. Nas ações, o Ibovespa recuava 0,61%, aos 78.672,64 pontos.
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