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Economia

- Publicada em 09 de Agosto de 2018 às 01:00

Alimentos recuam e ajudam a conter inflação

Crescimento da demanda elevou o custo para comer fora de casa

Crescimento da demanda elevou o custo para comer fora de casa


/CLAUDIO FACHEL/ARQUIVO/JC
Agência Brasil
Alimentos e bebidas tiveram queda de preços de 0,12% em julho. O grupo de despesas, que havia apresentado alta de preços de 2,03% no mês anterior, foi um dos principais responsáveis pelo recuo da taxa oficial de inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de junho para julho.

Alimentos e bebidas tiveram queda de preços de 0,12% em julho. O grupo de despesas, que havia apresentado alta de preços de 2,03% no mês anterior, foi um dos principais responsáveis pelo recuo da taxa oficial de inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de junho para julho.

Segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA, que é considerado pelo governo federal a inflação oficial do País, recuou de 1,26% em junho para 0,33% em julho.

No acumulado de 12 meses, o IPCA ficou em 4,48%, acima dos 4,39% dos 12 meses anteriores. Já em relação ao período de 2018, o acumulado teve alta de 2,94%, acima do 1,43% registrado no mesmo período no ano passado.

Entre os produtos com queda de preços em julho destacam-se cebola (-33,5%), batata-inglesa (-28,14%), tomate (-27,65%), frutas (-5,55%) e carnes (-1,27%).

Apesar da queda média dos alimentos, a alimentação fora de casa passou a custar 0,72% em julho. "Isso se explica pelas férias, que aumentam a demanda por esse tipo de consumo, e pela Copa do Mundo, quando tradicionalmente as pessoas se reúnem fora de casa, em bares e restaurantes, para assistir aos jogos", disse o gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves.

Outros grupos de despesa contribuíram para o recuo da inflação de junho para julho, que, segundo o IBGE, tem relação com uma acomodação dos preços depois da greve dos caminhoneiros, no final de maio, que elevou os preços de vários produtos em junho.

"Em agosto, podemos ter um retrato melhor dos impactos da greve dos caminhoneiros, mas, aparentemente, os reflexos foram pontuais no mês de junho", afirmou Gonçalves.

Outro grupo que teve deflação em julho foi vestuário (-0,6%), movimento provocado pelas quedas de preços nas roupas masculinas (-0,94%), nas femininas (-0,87%), nas infantis (-0,91%) e nos calçados (-0,44%).

Os transportes também colaboraram para o recuo. Apesar de continuarem registrando inflação em julho (0,49%), a taxa foi bem menor do que a observada em junho (1,58%). O mesmo aconteceu com habitação, cuja taxa de inflação recuou de 2,48% em junho para 1,54% no mês seguinte.

O maior impacto sobre o IPCA de julho ocorreu devido ao aumento na conta de luz. As famílias gastaram 1,54% mais com habitação em julho, uma contribuição de 0,24 ponto percentual para o IPCA. O item energia elétrica ficou 5,33% mais caro.

Além da continuidade da vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2, com a cobrança adicional de R$ 0,05 por KWh consumido, houve reajustes nas tarifas cobradas por concessionárias em Porto Alegre, Brasília, Curitiba e São Paulo.

A conta de luz recuou apenas em Belém (-0,01%), Goiânia (-1,83%) e Vitória (-0,30%), por conta da redução na alíquota de PIS/Cofins.

Ainda no grupo habitação, a taxa de água e esgoto subiu 0,69% em julho, com reajustes nas tarifas de São Paulo, Salvador, Porto Alegre e Goiânia.

O item gás de botijão ficou 0,18% mais barato em julho, apesar do reajuste de 4,38% para o botijão de 13 quilos nas refinarias, autorizado pela Petrobras em 5 de julho.

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