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Economia

- Publicada em 08 de Agosto de 2018 às 01:00

Economistas discutem formas de estimular a inovação no Brasil

Em evento que debate a implantação de uma agenda digital para o Brasil, os economistas Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, e Marcos Lisboa, presidente do Insper, participaram de um painel sobre o fortalecimento do ecossistema de inovação no País.
Em evento que debate a implantação de uma agenda digital para o Brasil, os economistas Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, e Marcos Lisboa, presidente do Insper, participaram de um painel sobre o fortalecimento do ecossistema de inovação no País.
Apesar de parecer antagônico sugerir cópia quando a ideia é inovar, ambos defenderam que o País se espelhe em modelos bem-sucedidos no uso da tecnologia para a aceleração econômica. "Vamos copiar o que faz Coreia do Sul, Chile e Cingapura. Vamos aprender a copiar o que dá certo em outros países", disse Lisboa.
O presidente do Insper pontuou que a inovação não é tão difícil e que os governos gastam errado, já que o País "descolou de outros países da América Latina" nos últimos 10 anos, numa referência ao baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
Para estimular um ambiente favorável à inovação, Lisboa sugere três pontos: que o Estado não proteja indústrias atrasadas, que o empreendedor aprenda a lidar com o fracasso e que possa fazer uma avaliação rápida dos erros.
"Deu errado? Fecha. Não pede ajuda do governo. O negócio fracassou? Fecha", diz, acrescentando que de 40% a 60% da menor produtividade é resultado da proteção a empresas ineficientes. "A gente faz muito esforço para ser pobre", diz.
Já Armínio Fraga afirmou que ecossistemas de inovação dependem de bons fundamentos institucionais e culturais, ambos de difícil implementação na prática. No topo de sua lista para essa transformação está uma reforma do Estado. "Estamos diante da urgente necessidade de grandes mudanças. O maior problema de produtividade, acredito, está dentro do Estado, e não no resto", afirmou.
Organizado pelo ITS-Rio (Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro) e pelo BrazilLab, o GovTech debate como a tecnologia pode aproximar cidadãos do poder público e como governos podem desburocratizar processos pela digitalização.
Segundo Letícia Picolotto, do BrazilLab, enquanto Israel investe 4,2% do PIB em pesquisa e desenvolvimento, o Brasil investe apenas 1,3%, sendo que boa parte é proveniente do setor público.
 
Folhapress
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