A diferença entre saques e depósitos na caderneta de poupança foi de R$ 3,478 bilhões em julho, o maior valor para o mês desde 2014, quando a captação líquida desse tipo de aplicação ficou em R$ 4,028 bilhões. Foi o quinto resultado positivo seguido neste ano.
Os números foram divulgados nesta segunda-feira, pelo Banco Central. No acumulado do ano, os depósitos superaram os saques em R$ 11,097 bilhões, também o melhor resultado dos últimos quatro anos. De janeiro a julho de 2014, o total contabilizado foi de 13,642 bilhões.
Durante o mês passado, os depósitos na caderneta de poupança somaram R$ 189,799 bilhões e os saques, R$ 186,052 bilhões. Os poupadores tiveram um rendimento de R$ 2,8 bilhões.
Já nos sete primeiros meses de 2018, o total de depósitos na poupança foi de R$ 1,260 trilhão, enquanto as retiradas somaram
O resultado positivo da poupança em 2018 contrasta com o cenário visto em anos anteriores. Em 2015 e 2016, a crise econômica havia acirrado os saques, com as famílias mais retirando do que colocando recursos na caderneta para fazer frente às despesas do dia a dia.
Em 2017, o cenário começou a mudar, em meio ao início da recuperação econômica. Ainda assim, os primeiros meses do ano foram marcados por mais saques que depósitos, sendo que a recuperação dos saldos ocorreu no segundo semestre.
Neste ano, a recuperação gradual da atividade e da própria renda, em um ambiente de inflação baixa, favoreceu a captação líquida de recursos pela poupança. Em junho, também começou a liberação de parte dos recursos do PIS/Pasep para pessoas que trabalharam entre 1971 e 1988. A liberação de recursos, em um total de
Atualmente, a remuneração da caderneta de poupança é formada pela Taxa Referencial (TR) mais 70% da Selic (a taxa básica de juros). A Selic, por sua vez, está hoje em 6,50% ao ano.
Esta regra de remuneração vale sempre que a taxa básica estiver abaixo dos 8,50% ao ano. Quando estiver acima disso, a poupança será atualizada pela TR mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17% ao ano).