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Lojas mais movimentadas desde o início do mês e perspectivas de crescimento por parte dos empresários indicam que em 2018 as vendas para o Dia dos Pais devem registrar desempenho melhor para o comércio na Capital. Na manhã de sexta-feira, lojistas confirmavam o início da busca por presentes, e projetavam um crescimento de até 15% frente a mesma data em 2017. De acordo com entidades, como a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio-RS), a alta real estimada é de 3% a 4%.
Também nas demais capitais brasileiras, a estimativa é otimista. De acordo com levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), a data deve mover R$ 14 bilhões este ano. A pesquisa ainda diz que 61% dos brasileiros devem ir às compras, seis pontos percentuais a mais do que no ano passado. Já em Porto Alegre, a expectativa é de que as vendas cheguem a R$ 28,3 milhões, segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas da Capital (CDL-POA).
"Ao contrário da retomada ocorrida no primeiro trimestre, o consumo das famílias gaúchas deve arrefecer ao longo do ano, puxado pela lenta recuperação do mercado de trabalho e da confiança afetada pelos acontecimentos recentes", avalia o presidente da federação, Luiz Carlos Bohn. Ele considera esta "uma boa notícia" para este ano, apesar de ponderar que "esta é uma data especial, que está entre as quatro mais importantes para o comércio." Bohn observa que a economia só não está crescendo mais rápido, por questões negativas referentes à política do País. "Mesmo com economia frágil, dependendo do clima alguns produtos podem ser alavancados, como roupas, vinhos e chocolates, justamente os produtos mais procurados, junto com os calçados."
O vendedor da loja de roupas masculinas da Aduana, Victor de Souza, informa que, apesar da última semana de julho ter sido "fraca", na quarta-feira passada a demanda por presentes para os pais se iniciou com certa intensidade. "Já está tendo bastante procura por malhas e calças jeans, que estão com preço bom, a partir de R$ 99,00." Segundo Souza, a estimativa de crescimento da loja ainda não foi oficializada entre os vendedores, mas "tudo indica que deverá ser de 15% a 20% em relação ao Dia dos Pais do ano passado".
A vice-presidente da Associação do Comércio de Joias, Relógios e Óptica do Estado, Andrea Rocho Neumann, afirma que o segmento está otimista. "Os relógios são produtos de valor agregado, e representam um bom presente. Também os óculos de qualidade têm muita procura", comenta. Segundo Andrea, esta é uma data que possibilita boas vendas para o segmento e a estimativa é de que o crescimento deste período em 2018 seja de 6% a 7% frente ao ano passado, quando o desempenho foi "ruim". De acordo com a dirigente, os smartwatches (relógios inteligentes, com funções similares às dos smartphones) são uma boa dica para quem quer dar um "bom presente". "No caso da joia masculina, principalmente o aço, é possível encontrar itens com preços mais acessíveis do que os dos relógios."
Na análise encomendada pela CDL-POA, o número de pessoas com intenção de compra para o próximo 12 de agosto, cresceu 4,1 pontos percentuais (p.p.). Neste ano, 41,4% dos entrevistados pretendem presentear seus pais - enquanto que em 2017, a expectativa era de 37,3%. Conforme a entidade, o valor de comercialização também oportuniza o aumento do tíquete médio do presente, que, neste ano, está estimado em R$ 165,00. Já a variação real do ticket médio, considerando índices de inflação, é de 7,66%, se comparado a 2017.
Consumidores estão dispostos a gastar mais, aponta levantamento da CDL-POA
Empresas fazem promoções de produtos masculinos para a data
/LUIZA PRADO/JC
Dispostas a presentear mais, as mulheres investirão em presentes para o pai, o marido e até para o sogro em alguns casos. Pelo menos é o que o levantamento realizado pela CDL-POA registrou, em pesquisa realizada com foco no Dia dos Pais, em 2018.
De acordo com o estudo, o total de compras realizadas entre o público feminino chegará a R$ 265,75 - valor superior ao dispendido pelo segmento masculino, estimado em R$ 186,86. A análise avaliou 300 casos, entre homens e mulheres das classes A, B, C e D, maiores de 18 anos, que pretendem presentear seus pais.
Conforme a pesquisa da CDL-POA, os filhos pretendem inovar no presente deste ano. Entre as novidades, estão relógios, com 4,6% das intenções de compra, e artigos culinários, com 3,6%. Ambos não haviam sido registrados no último levantamento.
O segmento com destaque de crescimento foi cervejas especiais, vinhos e bebidas, com aumento de 75% em relação a 2017. O percentual demonstra atenção do cliente para a tendência de gourmetização de alguns nichos de mercado, que priorizam a experiência proporcionada pelo produto. O inverno mais rigoroso também ajudou a manter o foco na compra de roupas, que lideram as intenções de presentes, com 45,5%. Cerca de 60% dos entrevistados acreditam que observar as necessidades cotidianas do pai é o que mais ajuda na escolha do presente.
Dentre as opções ofertadas no mercado, os pais demonstraram maior interesse em ganhar, roupas, perfumaria e calçados, artigos que totalizam quase 80% dos artigos desejados. Na rede de lojas O Boticário, por exemplo, uma série de 800 produtos masculinos (a partir de R$ 39,90) e promoções buscam atrair consumidores, destaca a gerente de uma unidade localizada na Rua dos Andradas, Renata dos Santos Vieira. "Caprichamos também na vitrine", comenta. "Esperamos um crescimento em torno de 5% frente ao Dia dos Pais de 2017."
Elisangela Vanessa Trindade Bica, vendedora da Multisom, observa que agosto já está mais movimentado do que julho. "Barbeadores, aparadores de pelos e cortadores de cabelo são os itens mais procurados para presentear os pais", enumera.