Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 05 de Agosto de 2018 às 22:56

Região Noroeste já dá a largada para a safra de grãos 2018/2019

IBGE estima que sejam semeados 701,3 mil hectares com o grão

IBGE estima que sejam semeados 701,3 mil hectares com o grão


DEISE FROELICH/EMATER/DIVULGAÇÃO/JC
Guilherme Daroit
Já é 2019 no campo gaúcho. Recém-terminada a safra de verão 2017/2018, produtores do Noroeste do Estado dão os primeiros passos para o plantio de milho da próxima temporada, que deve ser de áreas parecidas e custos de produção mais elevados. A largada precoce é tradicional na região, onde há condições que permitem o cultivo de duas safras do grão sem fugir do zoneamento agrícola recomendado. "Os produtores desses municípios estão aproveitando situação climática favorável para o plantio", conta o assistente técnico estadual da Emater-RS, Alencar Paulo Rugeri, lembrando que a possibilidade de duas colheitas no ano é "extremamente importante" aos agricultores.
Já é 2019 no campo gaúcho. Recém-terminada a safra de verão 2017/2018, produtores do Noroeste do Estado dão os primeiros passos para o plantio de milho da próxima temporada, que deve ser de áreas parecidas e custos de produção mais elevados. A largada precoce é tradicional na região, onde há condições que permitem o cultivo de duas safras do grão sem fugir do zoneamento agrícola recomendado. "Os produtores desses municípios estão aproveitando situação climática favorável para o plantio", conta o assistente técnico estadual da Emater-RS, Alencar Paulo Rugeri, lembrando que a possibilidade de duas colheitas no ano é "extremamente importante" aos agricultores.
O que preocupa boa parte dos produtores, não só de milho, mas também das outras culturas, é a elevação nos custos de produção. Em geral atrelados ao dólar, os insumos para a agricultura estão mais caros agora do que na safra passada por conta da desvalorização do real. Rugeri ressalta, porém, que quem já percebeu a importância de planejamentos de médio e longo prazo agora sofre menos com o encarecimento de produtos como os fertilizantes.
"Referenda o que sempre colocamos, que é a importância de se ter planejamento da atividade, de se fazer gestão, que são práticas fundamentais", defende o engenheiro agrônomo. O ganho vem do fato de que, até meados de março, os preços dos insumos estavam em outro patamar - acompanhando também o movimento do dólar, que até então girava em torno de R$ 3,25 e, depois, explodiu, chegando a bater nos R$ 4,00 em julho.
Mesmo com custos de produção altos, a expectativa é de que a área plantada com milho não se modifique muito em relação a de 2017/2018. A última estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a safra passada era de 701,3 mil hectares cultivados com o grão. "A área de milho é pequena, gostaríamos que fosse maior, mas na comparação com a soja tem desvantagem. Por isso entendemos que teremos uma equalização de área, mesmo com preço (de venda) bom", justifica o presidente da Federação das Cooperativas Agrícolas do Estado (Fecoagro), Paulo Pires.
O preço recebido pelos produtores, segundo a Emater, está em torno dos R$ 34,50 pelo saco de 60kg, acima da média histórica do período, que é de R$ 32,00, e muito além do pago pelos compradores há um ano, quando não passava de R$ 25,25. A soja, porém, também vive bom momento, com a saca saindo pelo dobro do milho, patamar que, segundo Pires, levou a uma decisão de plantio maior em favor da oleaginosa.
O momento de boa rentabilidade é ideal para que o profissionalismo se espalhe por mais propriedades, segundo Rugeri. "A rentabilidade das culturas nos possibilitou sair de um patamar com dificuldades para chegar em outro, em que dá para planejar a médio e longo prazo, porque o fluxo de caixa permite isso", afirma.
O clima, até aqui, não é empecilho, e nem deveria ser utilizado como estímulo ou desestímulo para o plantio, diz Rugeri. Na série histórica do Estado, afirma o agrônomo, há boas e más safras em períodos tanto de El Niño quanto de La Niña, não sendo possível determinar que a colheita será boa ou ruim apenas por conta da incidência de algum dos fenômenos.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO