O percentual das famílias endividadas no Brasil cresceu 1 ponto em julho, passando de 58,6% para 59,6% de junho para julho, a primeira alta do ano. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quinta-feira pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Apesar da alta entre junho e julho, o indicador fechou em queda na comparação anual porque, em julho do ano passado, atingiu 60,2% - índice 0,6 ponto percentual menor. A avaliação da economista da CNC Marianne Hanson, é que "o crescimento de junho para julho no percentual de famílias endividadas foi pontual, uma vez que o indicador permaneceu em patamar inferior ao do ano passado, refletindo ritmo menor de recuperação do consumo das famílias e maior cautela na contratação de novos empréstimos e financiamentos".
Tanto em junho quanto em julho, a proporção das famílias com dívidas ou contas em atraso ficou em 23,7%. Em julho de 2017, o indicador havia alcançado 25,5% do total das famílias.
Já o percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso também ficou estável em 9,4% entre junho e julho de 2018, apresentando queda em relação aos 9,9% de julho do ano passado.