O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, vai pedir à Petrobras para que a companhia adie o desligamento da plataforma de Mexilhão, produtora de gás natural na Bacia de Santos, para um outro momento de melhora dos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas. O ministro comunicou que vai fazer esse pedido na reunião que terá ainda nesta segunda-feira com o presidente da Petrobras, Ivan Monteiro.
"Não é pelo fato de a Petrobras ser uma empresa pública. Se fosse uma empresa privada, pelo impacto que isso provoca em função da situação hidrológica que estamos vivendo, creio que é um apelo em benefício da sociedade inteira. Vamos analisar se é possível, em vez de fazer agora que é um momento crítico e em que há uma falta de chuvas em muitos lugares, que seja feito o desligamento em um momento oportuno", destacou Moreira Franco, durante um seminário na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
A Petrobras iniciou na semana passada uma parada programada da plataforma de Mexilhão para manutenção e realização de obras de infraestrutura para o escoamento de gás natural que será produzido nos campos do pré-sal. Ao mesmo tempo, além da parada autorizada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), serão desligadas também para manutenção sete térmicas a gás. Para substituir os 15 milhões de metros cúbicos produzidos diariamente por Mexilhão, a petroleira vai aumentar a oferta de Gás Natural Liquefeito (GNL) em mais 20 milhões de metros cúbicos por dia. A questão é que o GNL custa mais caro porque é importado.
O ministro disse que entende que a Petrobras está fazendo esta parada programada de forma legal, com as autorizações devidas, mas ele entende que seria importante que isso fosse realizado em outra época.