As mulheres estão mais presentes na agropecuária brasileira: a cada 10 chefes de fazenda, duas são do sexo feminino. Em 11 anos, aumentou a proporção de dirigentes de estabelecimentos agropecuários no País do sexo feminino. O percentual de entrevistas autodeclaradas como responsáveis pelo agronegócio aumentou de 12,68% (2006) para 18,64% em 2017.
Nessa edição do Censo Agropecuário, o IBGE coletou também informações sobre cogestão de estabelecimentos agropecuários por casais. Se somadas as mulheres que também administravam os estabelecimentos junto com os maridos, o porcentual de dirigentes do sexo feminino no agronegócio era de 34,75% em 2017: 945.490 responsáveis autodeclaradas e 816.926 em direção conjunta com companheiros, totalizando 1.762.416 de mulheres chefiando a produção agropecuária no País.
"Tem mais mulheres como produtoras, como gerentes e responsáveis pelas atividades dos estabelecimentos agropecuários", disse Antonio Carlos Florido, coordenador técnico do Censo.
Quanto à idade, houve redução na participação dos mais jovens entre os produtores: a proporção de menores de 25 anos passou de 3,30% em 2006 para 2,03% em 2017; a faixa de 25 a menos de 35 anos saiu de 13,56% para 9,49%; e os de 35 anos a menos de 45 anos diminuíram de 21,93% para 18,29%. Ao mesmo tempo aumentou a proporção de produtores mais velhos: de 45 anos a menos de 55 anos (de 23,34% para 24,77%); de 55 anos a menos de 65 anos (de 20,35% para 24,01%); e de 65 anos ou mais (de 17,52% para 21,41%). Segundo Florido, o fenômeno é explicado pelo envelhecimento da população e pela falta de sucessão no comando das propriedades, com os jovens migrando para outras atividades.