O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ontem em evento em Washington que o governo dele está negociando com o México "algo dramático" em relação ao comércio entre os dois países.
Na semana passada, em evento com parlamentares, Trump disse que o processo de renegociação do Tratado do Livre-Comércio da América do Norte (Nafta) tem andando bem, mas que agradava mais a ele que houvesse um acordo bilateral. Os membros da equipe do presidente eleito do México, Andrés Manuel López Obrador, sinalizaram que estão dispostos a conversar sobre o tema com o governo americano.
No evento de ontem que abre a semana "Made in America", Trump declarou também que na quarta-feira vai tratar com a União Europeia sobre a questão da compra de carros do continente, quando ele vai receber com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
Neste contexto, Trump voltou a defender a sua política protecionista. "Vamos fazer com que a indústria americana seja grande como ela jamais foi", afirmou. "Os líderes americanos antes de mim não fizeram nada. Estamos colocando os traidores comerciais onde eles devem ficar: ninguém vai tirar proveito dos EUA mais."
China nega acusações do presidente dos EUA sobre manipulação da moeda
BC chinês determina flutuação diária controlada do yuan ante o dólar
/AFP/JC
Acusada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de manipular sua moeda para favorecimento das exportações, a China negou que tenha desvalorizado o yuan artificialmente.
As declarações foram feitas ontem pelo porta-voz do Ministério chinês de Relações Exteriores, Geng Shuang. Segundo ele, o país não tem "vontade alguma de dar apoio a suas exportações com desvalorizações competitivas". O governo chinês disse ainda não temer as ameaças de Trump sobre tarifar todas as exportações da China para os EUA.
A moeda chinesa pode flutuar apenas um máximo de 2% frente ao dólar em relação a um curso fixado diariamente pelo Banco Central chinês. Desde abril, o yuan perdeu 8% de seu valor frente ao dólar.