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Economia

- Publicada em 20 de Julho de 2018 às 01:00

Acordo de Mercosul e UE falha novamente

Europeus rejeitam abertura de mercado para carne, frango e açúcar

Europeus rejeitam abertura de mercado para carne, frango e açúcar


/LEON NEAL/AFP/JC
Agência Estado
Terminou sem consenso, nesta quinta-feira, a reunião de ministros, em Bruxelas, sobre o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia (EU). Houve avanços na área industrial, porém o setor agrícola continuou travado.
Terminou sem consenso, nesta quinta-feira, a reunião de ministros, em Bruxelas, sobre o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia (EU). Houve avanços na área industrial, porém o setor agrícola continuou travado.
O Mercosul melhorou a oferta nos setores automotivo, de serviços e indicação de origem. Isso permitiu que as conversas prosseguissem, apesar da rejeição dos europeus em apresentar novas ofertas para o setor agrícola. Os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) têm interesse na abertura do mercado europeu, principalmente para carnes, frango e açúcar.
Não seria, ainda, o acordo final. Tratava-se apenas de um documento político que receberia ajustes técnicos no futuro, mas que seria interpretado como um grande passo. Uma nova rodada de negociações políticas está marcada para setembro, em Montevidéu.
Após o encerramento da reunião, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou comunicado afirmando que a indústria brasileira, o Mercosul e a UE "perderam uma oportunidade estratégica" ao não celebrar o acordo, que seria "o mais importante da história do Brasil". Houve, na opinião da CNI, pouca flexibilidade do bloco europeu, que apresentou apenas demandas antigas.
"A indústria brasileira esteve muito engajada e flexível nas negociações em torno de um entendimento entre Mercosul e União Europeia, e considera que o fechamento de um acordo de livre-comércio entre os dois blocos é fundamental para garantir uma maior integração no comércio internacional e para recuperar a competitividade industrial", disse a entidade, em nota.
Segundo a CNI, o setor seguirá a agenda de negociações com mercados como Canadá, Associação Europeia de Comércio, Japão e México, além da própria América do Sul. A confederação brasileira defendeu que os dois blocos estabeleçam um cronograma para a conclusão do acordo ainda em 2018. Representantes do governo brasileiro viram como um bom sinal o fato de os europeus terem sugerido um novo encontro até setembro e acreditam que o acordo poderá ser, então, alcançado.
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