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Economia

- Publicada em 18 de Julho de 2018 às 22:59

Empresárias enumeram os desafios para empreender

Sheila (e) e Lucy destacaram o modelo de franquias como alternativa para expandir os negócios no País

Sheila (e) e Lucy destacaram o modelo de franquias como alternativa para expandir os negócios no País


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Adriana Lampert
Nadar contra a maré, ouvir uma série de "nãos", enfrentar burocracias e arcar com altos impostos são algumas das dificuldades que podem surgir no decorrer do caminho de quem quer empreender. Pelo menos esta foi a experiência da empresária Sheila Makeda, diretora da Makeda Cosméticos, que, ao lado da sócia-diretora da Clínica de Estética Onodera, Lucy Onodera, palestrou ontem no Tá na Mesa, na Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul). Ambas enumeraram uma série de desafios, mas também pontuaram as oportunidades de se empreender no Brasil. Entre as alternativas para quem quer ter o próprio negócio e tem expectativa de expandir, o modelo de franquias ganhou destaque no discurso das palestrantes.
Nadar contra a maré, ouvir uma série de "nãos", enfrentar burocracias e arcar com altos impostos são algumas das dificuldades que podem surgir no decorrer do caminho de quem quer empreender. Pelo menos esta foi a experiência da empresária Sheila Makeda, diretora da Makeda Cosméticos, que, ao lado da sócia-diretora da Clínica de Estética Onodera, Lucy Onodera, palestrou ontem no Tá na Mesa, na Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul). Ambas enumeraram uma série de desafios, mas também pontuaram as oportunidades de se empreender no Brasil. Entre as alternativas para quem quer ter o próprio negócio e tem expectativa de expandir, o modelo de franquias ganhou destaque no discurso das palestrantes.
"Bati em muita porta de fábrica e percebia no olhar das pessoas que a maioria não acreditava no produto que queria colocar no mercado", contou Sheila, ressaltando ter sofrido bastante com "preconceito descarado". Se para empreender no País com ambiente pouco acolhedor para quem está iniciando um negócio já é difícil, ela ainda teve que enfrentar o descrédito por ser jovem, mulher e negra. "Só consegui iniciar a produção em uma escala baixa quando encontrei uma gerente negra na indústria", comenta. História parecida ocorreu com a mãe de Lucy, que, há mais de 30 anos, decidiu abrir o negócio com foco em tratamentos de beleza. "Naquela época, havia poucas mulheres no mercado de trabalho e pouca demanda neste sentido. Ela ouviu, muitas vezes, que seria insano investir neste ramo, ainda mais com poucos recursos."
Após muita luta, e pagando as contas uma a uma, a empresária prosperou, e Lucy entrou para o negócio já focada na expansão através de rede de franquias. "É muito difícil crescer sozinho, mas o modelo de franquias, pelo contrário, oferece muitas oportunidades, principalmente em capacitação e comunicação." Lembrando que o mercado de cosméticos cresce ano a ano e é bastante competitivo, a palestrante destacou que, seja como for, empreender nesta área é também assumir que "tem que pagar imposto e colocar isso na conta".
Lucy lembrou dos desafios do modelo de franquias: "Não é simples. Se fizer um mau processo de seleção de franqueados, as unidades que levam o nome da marca podem ser ruins - por isso é importante buscar franqueados que tenham propostas e valores alinhados com a marca".
A sócia-diretora da Clínica de Estética Onodera observou que, no ramo de franquias, é preciso investir em treinamentos in loco todo semestre, além de visitas de gerente de relacionamento, pesquisas de satisfação com clientes, entre outras iniciativas para minimizar o risco de pessoas agindo fora da conformidade do negócio. "É preciso ter escala e vencer burocracia para conseguir licenças, além de trabalhar muito para pagar impostos", completou Sheila, listando os fatores que devem ser considerados ao se apostar na criação de produtos no Brasil.
No caso da Makeda, as linhas produzidas (cerca de mil itens por mês) para ser distribuídas via site ou através de uma loja em shopping de São Paulo são focadas em público de cabelos crespos, cacheados e ondulados. "As pessoas cada vez mais estão deixando de alisar o cabelo para assumir o crespo natural. Foi ao perceber este nicho de mercado que investi no desenvolvimento dos produtos e da marca, em 2012. Mesmo assim, na época, isso ainda não tinha força. É preciso acreditar na ideia para empreender, porque vai ter muita gente para dizer que o negócio não vai dar certo", recomendou a empresária para o público que compareceu à Federasul - formado quase que exclusivamente por mulheres.
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