Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 16 de Julho de 2018 às 01:00

Especialistas recomendam evitar adianto do 13º durante as férias

Férias podem resultar em despesas extras, e, com o orçamento apertado, a tentação de aproveitar a oferta de adiantamento do 13º salário é grande. Especialistas, no entanto, alertam que essa opção só deve ser considerada em casos de emergência ou para quitar uma dívida de juros elevados. É preciso também estar atento às condições, como a taxa de juros e o limite para o empréstimo - alguns bancos restringem o valor a 80% ou 90% do 13º salário.
Férias podem resultar em despesas extras, e, com o orçamento apertado, a tentação de aproveitar a oferta de adiantamento do 13º salário é grande. Especialistas, no entanto, alertam que essa opção só deve ser considerada em casos de emergência ou para quitar uma dívida de juros elevados. É preciso também estar atento às condições, como a taxa de juros e o limite para o empréstimo - alguns bancos restringem o valor a 80% ou 90% do 13º salário.
A planejadora financeira e professora da Fundação Getulio Vargas (FGV) Myriam Lund alerta que, mesmo com juros baixos, quem decidir adiantar o recebimento do 13º acabará perdendo parte dele. "Muita gente fica tentada a pegar por ser uma opção barata, sem analisar com cuidado o destino daquele dinheiro. O banco só te vende o lado bom, então a gente precisa mostrar o lado negativo. Às vezes você pode estar abrindo mão de 30% do seu salário. Esse salário extra é uma oportunidade que você pode usar para aumentar seu patrimônio, seus ativos, ou até mesmo fazer uma grande viagem em família, por isso é importante pensar em como usá-lo."
Myriam recomenda ainda não contratar o serviço por caixa eletrônico ou internet banking - meios oferecidos pelos principais bancos. Ela ressalta que é importante procurar o gerente de sua conta, para negociar cuidadosamente as condições.
Annalisa Dal Zotto, também planejadora financeira, reforça que é preciso avaliar cuidadosamente a necessidade de tomar o empréstimo. O adiantamento é vantajoso, diz, para quem tem dívidas como cartão de crédito ou cheque especial. "Se tenho uma dívida mais cara, como cartão de crédito, vale a pena. Os juros do cartão geralmente são de 15% ou 20% ao mês."
Annalisa lembra ainda que essa linha de crédito se enquadra na modalidade de Crédito Direto ao Consumidor. Ou seja, se o trabalhador é demitido, a dívida permanece. Nesse caso, explica, o ideal é usar o dinheiro da rescisão para quitar a dívida. "Isso pode abrir espaço para negociação com o banco sobre o valor do débito."
Outra recomendação de Myriam é sacar apenas o necessário para resolver um problema financeiro imediato. Ou seja, não cair na tentação de pegar um adiantamento de 100% do 13º, quando metade já seria o suficiente. Afinal, o valor restante poderá ser usado como reserva de emergência. "Muita gente acha que é obrigado a sacar o valor integral, mas não", alerta a especialista.
Myriam lembra ainda que é preciso observar as condições do empréstimo. O ideal, diz, é uma taxa abaixo de 2%. Myriam considera que, nesse aspecto, as cooperativas de crédito podem ser uma opção. "O melhor é que (o juro) fique entre 1,5% e 1,7%. Muito acima disso, há o risco de deixar metade do salário para o banco. Procure uma cooperativa que pertença a uma instituição forte, capaz de dar segurança. É importante pesquisar."
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO