Menos otimista, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, não incluiu a aprovação do projeto de cessão onerosa no Senado na lista de prioridades para o primeiro semestre deste ano. O governo queria aprovar a matéria na Casa antes do recesso parlamentar, que começa no dia 18 de julho, porém não acredita mais nessa possibilidade.
Sobre a aprovação do projeto das distribuidoras da Eletrobras, que também era apontado como item prioritário do governo para este mês, Marun afirmou que a situação é "preocupante". "Por isso estamos concentrando um esforço no sentido de que essa questão seja aprovada na Câmara e no Senado antes do recesso. Eu diria que essa é a prioridade", declarou.
Com dificuldades no Congresso, o governo corre para tentar aprovar o projeto antes do leilão das seis distribuidoras da estatal que atuam no Norte e Nordeste, agendado para 26 de julho. "Tudo vale a pena se a alma não é pequena. Vamos em frente tentando buscar esse resultado, vamos brigar por isso (aprovação no Congresso)."
Questionado se seria possível adiar o leilão, caso o Congresso não aprove o projeto a tempo, Marun desconversou e disse que "cada dia tem sua agonia" e que o governo teria que fazer uma avaliação posterior sobre a situação.
Liminar concedida recentemente pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), a respeito da necessidade de o Congresso aprovar a privatização de empresas públicas gerou insegurança jurídica sobre o caso.