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Economia

- Publicada em 11 de Julho de 2018 às 01:00

Exportações gaúchas caem no 2º trimestre

A crise cambial na Argentina e a redução das vendas de carne suína provocada pelo embargo da Rússia, no contexto externo; e a greve dos caminhoneiros, no contexto interno, provocaram forte retração nas exportações da indústria de transformação gaúcha no segundo trimestre de 2018, em relação ao mesmo período de 2017. É o que revela a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), ao divulgar ontem a balança comercial do Estado.
A crise cambial na Argentina e a redução das vendas de carne suína provocada pelo embargo da Rússia, no contexto externo; e a greve dos caminhoneiros, no contexto interno, provocaram forte retração nas exportações da indústria de transformação gaúcha no segundo trimestre de 2018, em relação ao mesmo período de 2017. É o que revela a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), ao divulgar ontem a balança comercial do Estado.
As exportações totais do Rio Grande do Sul, que somaram US$ 4,83 bilhões, tiveram recuo de 3,1% entre abril e junho, ante o mesmo período do ano anterior. As vendas externas do setor secundário - responsável por 60% dos embarques do Rio Grande do Sul entre abril e junho - caíram 7,5%, para US$ 2,9 bilhões.
"O cenário externo atual impõe desafios ao setor exportador gaúcho, ao afetar negativamente a demanda de alguns dos nossos principais parceiros comerciais", destacou o presidente da Fiergs, Gilberto Petry. Segundo o dirigente, ainda que a desvalorização da taxa de câmbio observada nos últimos meses ajude na competitividade das nossas mercadorias, o aumento da volatilidade da cotação é ruim para o planejamento das empresas. "A complexidade do quadro econômico e político interno também contribui para o aumento da incerteza e a retenção da produção", lembra Petry.
A greve dos caminhoneiros contribuiu para o declínio de 8,7% do volume de cargas embarcadas pelo porto do Rio Grande entre maio e junho: 417 mil toneladas a menos em termos absolutos. Já a venda de carne suína para os russos caiu 56,6% em função do embargo. Treze das 23 categorias do setor industrial que realizaram alguma operação de exportação no segundo trimestre registraram queda, cinco tiveram expansão e cinco se mantiveram estáveis. As principais contribuições negativas vieram de químicos (-32,3%), alimentos (-16,0%), máquinas e equipamentos (-15,7%) e tabaco (-6,9%). Celulose e papel evitou um resultado ainda pior do setor secundário, ao avançar 99,4%.
Por sua vez, as importações totais subiram 12,7% no segundo trimestre de 2018 ante o mesmo período de 2017, chegando a US$ 2,57 bilhões. Todos os segmentos mostraram altas consistentes, incluindo bens intermediários (11,5%), bens de capital (18,9%), combustíveis e lubrificantes (18,4%) e bens de consumo (8,1%).
A China foi o principal destino das exportações gaúchas no trimestre, com alta de 9,9%, atingindo US$ 1,9 bilhão, tendo a soja como principal produto. A Argentina, mesmo com queda de 5,1%, veio em segundo, com US$ 439,7 milhões. Os EUA, terceiros colocados, reduziram em mais de 16% suas compras, que totalizaram US$ 293,2 milhões.
Na análise de junho de 2018 com o mesmo mês de 2017, as exportações do Rio Grande do Sul alcançaram US$ 1,47 bilhão, recuo de 12,9%. Desse total, a indústria foi responsável por US$ 972 milhões, retração de 18%. As maiores contribuições para esse resultado vieram de alimentos (-40,6%), químicos (-25,4%), tabaco (-25,6%), máquinas e equipamentos (-22,4%), materiais elétricos (-53,8%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,8%). Já celulose e papel (71,4%), couro e calçados (6,3%), borracha e plástico (17,4%) e móveis (28,6%) foram os destaques positivos.
JC
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