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Economia

- Publicada em 10 de Julho de 2018 às 01:00

União Europeia e Mercosul tentam concluir acordo negociado há quase duas décadas

A União Europeia (UE) e o Mercosul começaram ontem, em Bruxelas, uma nova rodada de negociações para chegar a um acordo comercial, após semanas nas quais ambos os blocos advertiram sobre falta de compromisso e flexibilidade para fechar um tratado que já é negociado há quase duas décadas.

A União Europeia (UE) e o Mercosul começaram ontem, em Bruxelas, uma nova rodada de negociações para chegar a um acordo comercial, após semanas nas quais ambos os blocos advertiram sobre falta de compromisso e flexibilidade para fechar um tratado que já é negociado há quase duas décadas.

A rodada de conversações, que deve se prolongar até a próxima sexta-feira, reúne os chefes negociadores e equipes de especialistas dos dois blocos para buscar um consenso nos assuntos nos quais ainda não alcançaram um acordo.

Os capítulos mais espinhosos continuam sendo o setor automotivo, as peças de automação, as indicações geográficas, o transporte marítimo e os produtos lácteos, todos eles assuntos que devem ser resolvidos antes de dar o "salto" ao nível político nas negociações.

A mudança das conversas para um tom mais político ao invés de técnico, com comissários europeus e chanceleres em vez de negociadores, não garante um resultado positivo, mas trata-se de um passo necessário antes de se chegar a um acordo político no pacto.

Os últimos contatos entre a UE e o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) tinham sido uma discussão em nível técnico, em meados de maio, e uma rodada de negociação, de 4 a 8 de junho, em Montevidéu. No entanto, os últimos encontros foram marcados pelas declarações prévias de porta-vozes comunitários e chanceleres do Mercosul, que advertiram mutuamente sobre a falta de compromisso e de flexibilidade em suas ofertas, o que limitou as possibilidades de um consenso.

A Comissão Europeia tinha avisado, em meados de junho, por intermédio do porta-voz de Comércio, Daniel Rosario, que o Mercosul ainda tem "trabalho por fazer" em vários capítulos até a conclusão do tratado e, quase duas semanas antes, pediu que fizesse um "esforço considerável" em relação à rodada de Montevidéu.

Fontes comunitárias reiteraram que ainda é prematuro prever que os representantes políticos de ambas as partes se reúnam para progredir ao nível político, e advertiram que "qualquer passagem das negociações ao nível político dependerá dos progressos alcançados" na rodada que começa hoje.

O chanceler paraguaio, Eladio Loizaga, tinha anunciado que se reuniria, junto com os três colegas do Mercosul, com a comissária europeia de Comércio, Cecilia Malmström, e o comissário de Agricultura, Phil Hogan, em 18 de julho, em Bruxelas, mas o encontro ainda não está confirmado.

Os chanceleres participarão, nos dias 16 e 17 deste mês, de um encontro entre a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a UE. O bloco latino-americano, por intermédio do próprio Loizaga, entre outros, chamou repetidamente a UE a "mostrar uma flexibilidade". "Não pode ser que, depois de 20 anos, não possamos chegar a um acordo, mas não queiram colocar toda culpa no Mercosul. A UE também tem sua responsabilidade", disse o chanceler.

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