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Economia

- Publicada em 09 de Julho de 2018 às 16:57

Greve de caminhoneiros e crise reduzem exportações de calçados no 1º semestre

Em maio, mês da paralisação, receita com vendas ao mercado externo caiu US$ 47 milhões

Em maio, mês da paralisação, receita com vendas ao mercado externo caiu US$ 47 milhões


ABICALÇADOS/DIVULGAÇÃO/JC
O primeiro semestre de 2018 para a indústria calçadista brasileira fechou em queda frente ao mesmo período de 2017. Greve dos caminhoneiros e as dificuldade da economia interna afetaram o desempenho do setor, que teve um fluxo de receita total US$ 41,8 milhões menor de janeiro a junho deste ano, 7,9% menor. O volume também ficou abaixo do primeiro semestre do ano passado, com queda de 6,7%, ou cerca de 4 milhões de pares a menos que os embarques de 2017, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (9) pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados).
O primeiro semestre de 2018 para a indústria calçadista brasileira fechou em queda frente ao mesmo período de 2017. Greve dos caminhoneiros e as dificuldade da economia interna afetaram o desempenho do setor, que teve um fluxo de receita total US$ 41,8 milhões menor de janeiro a junho deste ano, 7,9% menor. O volume também ficou abaixo do primeiro semestre do ano passado, com queda de 6,7%, ou cerca de 4 milhões de pares a menos que os embarques de 2017, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (9) pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados).
A maior redução foi registrada em maio, mês da paralisação dos caminhoneiros, que causou desabastecimento de insumos na indústria. Em maio de 2017, o valor exportado foi de US$ 103,1 milhões, contra U$$ 56,1 milhões deste ano, redução de US$ 47 milhões ou 45,6%. Se maio tivesse mantido a média do ano passado, a receita com os produtos no quinto mês do ano poderia ter se mantido estável no País. Com isso, a queda verificada no semestre poderia ter sido amenizada ou mesmo não ocorrer, apresentando até crescimento.   
O Rio Grande do Sul foi o principal estado exportador no período, somando 13,4 milhões de pares, receita de US$ 217,9 milhões ou quase 45% do valor gerado pelos embarques brasileiros. A queda de 2% no faturamento gaúcho foi menor percentualmente que a média brasileira no semestre. A indústria gaúcha é seguida pela do Ceará, que exportou 22 milhões de pares por US$ 124,7 milhões, e São Paulo, que exportou 3,5 milhões de pares por US$ 53,8 milhões.
Entre os reflexos da crise na indústria calçadista, estão demissões nas empresas. Embora focada no mercado interno, a gaúcha Bottero anunciou na semana passada o fechamento de quatro fábricas e a demissão de 630 funcionários
Até o primeiro semestre, o principal destino dos calçados foi a Argentina, que comprou de janeiro a junho 5,5 milhões de pares por US$ 76,4 milhões, alta de 30,6% em volume e de 18,2% em receita. Os argentinos são seguidos pelos Estados Unidos, que receberam 5 milhões de pares por US$ 75,2 milhões, e pela França, que comprou 3,5 milhões de pares por US$ 30,2 milhões.
Enquanto as exportações caíram, as importações de calçados cresceram no Brasil no primeiro semestre, informou a Abicalçados, com base em dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Ao todo, entraram no país 15,2 milhões de pares somando US$ 183 milhões, valor 5,2% maior se comparado ao mesmo período do ano passado. As principais origens são o Vietnã, a Indonésia e a China.
De acordo com a Abicalçados, o aumento das importações se dá por dois fatores: os negócios contabilizados agora foram realizados há cerca de seis meses, quando a taxa de câmbio era favorável, e a perda da competitividade da atividade do setor, ocasionada pelo alto custo produtivo no Brasil. "Mesmo o câmbio encarecendo o produto importado, o nosso calçado está com valores elevados e portanto com dificuldades de concorrer mesmo no mercado doméstico", afirma a entidade.
 
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