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Economia

- Publicada em 05 de Julho de 2018 às 21:53

Brasil tem poucas iniciativas de cidades inteligentes

Especialistas debateram os impactos dos novos ambientes

Especialistas debateram os impactos dos novos ambientes


/FREDY VIEIRA/JC
Adriana Lampert
Melhorar os serviços públicos prestados à população é o principal objetivo da proposta de implementação de ecossistemas de cidades inteligentes no Brasil, apresentada nesta quinta-feira pelo Instituto Smart City Business America (SCBA), em evento ocorrido no Centro Administrativo do Estado. O debate reuniu acadêmicos e representantes dos poderes públicos e privados do Estado e do município, para discutir os impactos dos novos ambientes estratégicos de modelagem e de transformação urbana - além da busca de alternativas de planejamento, governança, segurança e defesa cibernética, sustentabilidade, financiamentos e investimentos. O modelo de cidades inteligentes ainda é pouco adotado no País.
Melhorar os serviços públicos prestados à população é o principal objetivo da proposta de implementação de ecossistemas de cidades inteligentes no Brasil, apresentada nesta quinta-feira pelo Instituto Smart City Business America (SCBA), em evento ocorrido no Centro Administrativo do Estado. O debate reuniu acadêmicos e representantes dos poderes públicos e privados do Estado e do município, para discutir os impactos dos novos ambientes estratégicos de modelagem e de transformação urbana - além da busca de alternativas de planejamento, governança, segurança e defesa cibernética, sustentabilidade, financiamentos e investimentos. O modelo de cidades inteligentes ainda é pouco adotado no País.
"Existem diversos sistemas desenvolvidos em universidades e empresas que se dedicam a investir na pesquisa de tecnologias que podem modernizar hospitais - como o prontuário eletrônico e conectividade com outras instituições de saúde - ou melhorar a eficiência de serviços de recolhimento de lixo (com sistemas digitais que detectam a necessidade de uma rua receber coleta a partir de um sensor colocado dentro dos contêineres", exemplifica o professor da Fundação Getulio Vargas e vice-presidente do SCBA, Jorge Barros. Também é possível melhorar a segurança pública (com instalação de controles e monitoramentos eletrônicos nas ruas) ou o fluxo do trânsito (com semáforos inteligentes, que podem ser controlados em horários de pico ou para abrir passagem para veículos de emergência), cita o dirigente.
Um modelo de cidade inteligente no mundo é Amsterdã (Holanda). "Lá eles aliaram, de uma forma otimizada, as iniciativas que surgiram a partir de pesquisas universitárias com ações do governo municipal e da iniciativa privada", comenta Barros. Barcelona (Espanha) também conseguiu melhorar significativamente os serviços públicos aos cidadãos. No Brasil, de acordo com o dirigente do SCBA, existem iniciativas isoladas em algumas cidades, mas a maior delas é um projeto em execução na capital de Minas Gerais (Belo Horizonte), onde está sendo implementado sistema de iluminação pública que permite a replicação de serviços digitais em de 180 mil pontos de luz.
Durante o debate, Barros lembrou que, recentemente, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações aprovou o Plano Diretor de Tecnologias das Cidades Inteligentes, a partir do qual os municípios podem elaborar projetos que tenham cunho social, para a melhoria da qualidade de vida da população. "A boa notícia é que o Bndes possui recursos específicos para fomentar esses projetos, que podem ser financiamentos incentivados e outros recursos a fundos perdidos - isso é um alento em meio à crise econômica dos municípios brasileiros."
Para ampliar o assunto, em março de 2019, o SCBA deverá realizar um encontro internacional no Rio Grande do Sul, para apresentar cases de sucesso em outros países. O instituto realizou recentemente o Smart City Business America Congress & Expo 2018, evento sobre temáticas que envolvem cidades inteligentes, ocorrido em abril na capital paulista. "Tudo parte da revisão de leis municipais e de vontade política", destaca Barros, ao falar dos principais desafios para colocar projetos deste porte em prática. O vice-presidente de Defesa Cibernética do SCBA, João Leopoldo Ritter Andres, destacou que, para ser realmente eficiente, seja qual for o projeto, todas as etapas necessitam de plano para proteger os sistemas de infraestrutura. "A cibersegurança é elemento fundamental para evitar ataques virtuais - é preciso planejar os municípios para os novos ambientes inteligentes de forma segura."
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