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Mercado de Capitais

- Publicada em 04 de Julho de 2018 às 01:00

Bolsa tem alta de 1,14%

Uma melhora do humor dos investidores no mercado internacional aumentou o apetite por risco e permitiu ao Índice Bovespa emplacar ontem seu quarto pregão consecutivo de alta, apesar do desempenho negativo das bolsas de Nova Iorque, que tiveram um pregão de "meio período". O principal índice da bolsa brasileira chegou a subir 2,30% no início da tarde, mas perdeu fôlego e fechou com ganho de 1,14%, aos 73.667 pontos. É a melhor pontuação em quase dois meses - desde 7 de maio (73.851 pontos). Apesar da recuperação, profissionais ressaltam que o clima ainda é de grande cautela no mercado brasileiro, dadas as indefinições dos cenários interno e externo.
Uma melhora do humor dos investidores no mercado internacional aumentou o apetite por risco e permitiu ao Índice Bovespa emplacar ontem seu quarto pregão consecutivo de alta, apesar do desempenho negativo das bolsas de Nova Iorque, que tiveram um pregão de "meio período". O principal índice da bolsa brasileira chegou a subir 2,30% no início da tarde, mas perdeu fôlego e fechou com ganho de 1,14%, aos 73.667 pontos. É a melhor pontuação em quase dois meses - desde 7 de maio (73.851 pontos). Apesar da recuperação, profissionais ressaltam que o clima ainda é de grande cautela no mercado brasileiro, dadas as indefinições dos cenários interno e externo.
A notícia do acordo sobre a questão da imigração fechado pela chanceler da Alemanha, Angela Merkel, sustentou as bolsas da Europa em alta, com reflexos positivos nos mercados emergentes, como o Brasil. Nos Estados Unidos, as tensões comerciais prevaleceram no final do pregão, e os investidores locais optaram por manter a cautela ante a proximidade do feriado de independência. Com o petróleo em alta e o apetite por risco mais forte, as ações da Petrobras subiram, com o investidor minimizando o noticiário negativo para a empresa, pelo menos por ora.
Todas as blue chips tiveram ganhos no dia, à exceção de Vale ON (-1,64%), que perdeu fôlego ao longo do dia, sensível à questão da tensão comercial entre Estados Unidos e China. Os mercados de ações norte-americanos iniciaram o dia em alta, ainda influenciados por declarações mais amenas feitas na véspera pelo presidente Donald Trump, além do acordo na Alemanha. A cautela pré-feriado de independência acabou prevalecendo na última hora de negociação, levando todos os principais índices ao terreno negativo.
Os preços do petróleo, por sua vez, subiram com expectativas e especulações antes das divulgações de dados sobre a commodity que serão divulgados nos próximos dias. Com isso, as ações da Petrobras fecharam com altas de 0,36% (ON) e 0,17% (PN), em contraposição ao noticiário negativo para a empresa. Pela manhã, a estatal anunciou a suspensão dos processos competitivos para formação de parcerias de refino, em razão da decisão cautelar do ministro Ricardo Lewandowski, do STF, que questiona dispositivos da Lei das Estatais. A estatal também suspendeu os processos envolvendo desinvestimentos na Araucária Nitrogenados, e a alienação de 90% das ações da subsidiária Transportadora Associada de Gás (TAG).
Bolsa

Dólar sofre queda de 0,31%

O dólar acompanhou novamente o mercado externo e teve dia de queda no Brasil, terminando em baixa de 0,31%, a R$ 3,8974. Ao contrário da segunda-feira, dia marcado pelo aumento de aversão ao risco no exterior e alta generalizada da moeda dos EUA, o pregão da terça-feira foi de trégua, e a divisa caiu ante as principais moedas de países desenvolvidos e emergentes, com uma das poucas exceções ficando com a Turquia.
Pela sétima sessão consecutiva, o Banco Central (BC) não fez atuação extraordinária para colocar dinheiro novo no mercado por meio de contratos de swap. O BC atuou nesta terça no câmbio apenas para a rolagem de contratos de swap que vencem em 1 de agosto, em operação que movimentou US$ 700 milhões. No mercado à vista, o volume de negócios somou US$ 671 milhões.
 

Estrangeiros retiram R$ 9,947 bi da B3 no 1º semestre

Diante da falta de clareza no quadro político doméstico, combinado ao maior aperto monetário iniciado nos Estados Unidos, a Bovespa registrou, no primeiro semestre de 2018, a retirada de R$ 9,947 bilhões por parte dos investidores estrangeiros. Esse é o segundo maior volume de retiradas registrado pela B3 desde 2004, quando os dados começaram a ser compilados.
Na última sexta-feira, dia 29, entretanto, os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 438,620 milhões na B3. Naquele dia, o Ibovespa fechou em alta de 1,39%, aos 72.762,51 pontos.
Em comparativos semestrais, o resultado só perde para o período de julho a dezembro de 2008, quando os estrangeiros retiraram R$ 17,972 bilhões da B3. Na ocasião, a crise do subprime nos Estados Unidos culminou com a quebra do Lehman Brothers em setembro daquele ano.
No mês de junho, o volume de retiradas somou R$ 5,935 bilhões, resultado de compras de R$ 136,318 bilhões e vendas de R$ 142,254 bilhões. Apesar de expressivo, o volume está longe do recorde histórico informado em maio, de R$ 8,4 bilhões.
Para a equipe de análise da Guide Investimentos, essa tendência deve prevalecer até final de agosto, visto que o cenário para emergentes segue desfavorável. Segundo a corretora, de um lado, temos a expectativa de alta nos juros norte-americanos e do Banco Central Europeu (BCE), que também deve começar a seguir o movimento de aperto monetário mais forte nos próximos meses. Outra questão destacada por analistas é o quadro de incertezas no disputa eleitoral.
Lucas Claro, analista da Ativa Investimentos, concorda que a tendência de retiradas deve continuar, principalmente até a definição do quadro eleitoral. Segundo ele, o clima de guerra comercial entre China e Estados Unidos, aliado à valorização do dólar, contribui para a busca por proteção em mercados mais garantidos como os títulos do Tesouro dos EUA. "Dependendo de como fluir isso, esse movimento pode continuar ou não."