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Comércio Exterior

- Publicada em 04 de Julho de 2018 às 01:00

Superávit comercial cai 18,1% em junho

Para Mdic, em 2018, exportações superarão importações em R$ 50 bi

Para Mdic, em 2018, exportações superarão importações em R$ 50 bi


/TECON/DIVULGAÇÃO/JC
O Brasil registrou um superávit comercial de US$ 5,8 bilhões no mês passado, uma queda de 18,1% na comparação com junho de 2017, segundo divulgou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) ontem. Ainda afetadas pela paralisação dos caminhoneiros nas primeiras semanas do mês passado, as exportações somaram US$ 20,2 bilhões, alta de apenas 2,1% na comparação entre junho de 2017.
O Brasil registrou um superávit comercial de US$ 5,8 bilhões no mês passado, uma queda de 18,1% na comparação com junho de 2017, segundo divulgou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) ontem. Ainda afetadas pela paralisação dos caminhoneiros nas primeiras semanas do mês passado, as exportações somaram US$ 20,2 bilhões, alta de apenas 2,1% na comparação entre junho de 2017.
Já as importações foram de US$ 14,3 bilhões, um crescimento bem maior, de 13,7% na média diária. O conceito de média diária é usado pela pasta para eliminar as distorções causadas pelas diferenças de dias úteis em cada mês.
No acumulado do ano, o saldo comercial foi superavitário em US$ 30 bilhões, uma queda de 17% em relação ao mesmo período de 2017. As exportações tiveram alta de 5,7% na comparação entre os dois períodos, com destaque para as vendas de bens manufaturados para outros países.
De acordo com o ministério, os destaques foram os embarques recordes de minério de ferro, soja em grão, farelo de soja e celulose. Já as importações tiveram crescimento de 17,2% nessa comparação pelo período acumulado, com destaque para as compras de bens de capital (máquinas e equipamentos).
De acordo com o Mdic, no primeiro semestre, o preço médio das mercadorias exportadas subiu 3,63%, com destaque para celulose ( 28,4%), petróleo bruto ( 28,1%) e semimanufaturados de ferro e aço ( 27,9%). A quantidade exportada subiu 1,82%. Em relação às importações, os preços médios aumentaram 5,46%; e a quantidade comprada, 11,41% nos seis primeiros meses do ano.
Oficialmente, o Mdic estima superávit de US$ 50 bilhões neste ano. Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras e divulgada pelo Banco Central (BC), os analistas de mercado preveem superávit de US$ 58,28 bilhões para este ano.
Para o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge, a recuperação da economia brasileira e o aumento das importações levaram o saldo comercial no primeiro semestre do ano a cair 17%. "Estamos mantendo o crescimento tanto das exportações como das importações com a retomada da economia", afirmou.
O secretário de Comércio Exterior, Abrão Neto, ressaltou que a alta nas exportações no primeiro semestre (5,7%) foi puxada pela venda de produtos manufaturados, que subiu 9,1% no período, enquanto básicos aumentaram 4,6% e semimanufaturados, 0,5%. "Temos competitividade em alguns produtos importantes da nossa pauta de manufaturados, como aviões, máquinas e equipamentos e setor automotivo. É reflexo desse empenho exportador que vem crescendo ao longo dos anos", afirmou.
Para o secretário, a alta recente do câmbio ainda não se reflete no aumento das exportações, porque, como se trata de contratos de longo prazo, há um atraso nesse impacto. "O aumento das exportações é a continuidade do que vínhamos observando desde 2017", completou.

Mudança no Repetro irá nacionalizar bens de companhias beneficiadas

O secretário de Comércio Exterior, Abrão Neto, disse que o governo ainda não calculou o impacto na balança comercial da nacionalização de bens de companhias beneficiadas pelo Repetro, programa que suspende a cobrança de tributos na importação de equipamentos de petróleo e gás.
Abrão Neto explicou que houve uma alteração do programa que permite benefício tributário para as empresas que nacionalizarem bens que estão hoje em subsidiárias no exterior, como, por exemplo, plataformas de petróleo. "A nacionalização de bens que hoje estão no patrimônio de subsidiárias no exterior levará a um aumento nas importações. Ainda não temos o detalhamento dos efeitos disso na balança comercial", afirmou.
Na semana passada, o governo editou um crédito suplementar de R$ 32,7 bilhões ao Orçamento de Investimentos para que a Petrobras possa nacionalizar equipamentos que hoje pertencem à Petrobras Netherlands, braço holandês do grupo. Na prática, trata-se de uma operação contábil. Esses equipamentos já estão no Brasil, mas as novas regras do Repetro exigem que eles sejam nacionalizados. Isso significa que a Petrobras precisa "comprar" esses ativos da Petrobras holandesa, embora nada mude do ponto de vista da Petrobras como um todo.