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Economia

- Publicada em 29 de Junho de 2018 às 17:29

Petróleo sobe com exportação travada na Líbia e movimentações pré-sanções ao Irã

Agência Estado
O petróleo fechou em altas consistentes nesta sexta-feira (29) impulsionado por interrupções de exportações na Líbia e, ainda, pelos desdobramentos das preparações de diversos países antes de as sanções dos Estados Unidos à indústria petroleira do Irã entrarem em vigor em novembro. Além disso, o brusco escoamento da oferta de óleo bruto em solo americano segue dando fôlego às cotações - hoje, a Baker Hughes divulgou recuo em sua contagem semanal de poços e plataformas em operação nos EUA.
O petróleo fechou em altas consistentes nesta sexta-feira (29) impulsionado por interrupções de exportações na Líbia e, ainda, pelos desdobramentos das preparações de diversos países antes de as sanções dos Estados Unidos à indústria petroleira do Irã entrarem em vigor em novembro. Além disso, o brusco escoamento da oferta de óleo bruto em solo americano segue dando fôlego às cotações - hoje, a Baker Hughes divulgou recuo em sua contagem semanal de poços e plataformas em operação nos EUA.
Na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para setembro teve alta de US$ 1,62 (+2,09%), a US$ 79,23, com um salto acumulado de 18,48% no primeiro semestre do ano. Já na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para agosto encerrou com ganho de US$ 0,70 (+0,95%), a US$ 74,15 o barril, acumulando avanço de 22,72% desde o início de 2018.
A disputa em torno de direitos de comercialização na Líbia está se tornando "crescentemente aguda", avalia o Commerzbank. Segundo informa o banco alemão em relatório a clientes, uma petroleira concorrente da estatal NOC que tomou controle de um porto no Leste do país africano impediu um navio-tanque sob contrato com a empresa pública de aportar na plataforma.
"Há, portanto, um risco de interrupções consideráveis de oferta pela primeira vez. 780 mil barris por dia foram exportados por meio dos cinco portos controlados pela companhia rival (da NOC) em maio", escrevem os analistas do Commerzbank. "Essas interrupções de oferta não poderiam vir em momento pior, dado que há uma escassez de oferta de 350 mil barris por dia no Canadá em virtude de problemas em uma refinaria.
Outro trecho da nota da casa alemã diz respeito a relatos de que o Ministério de Petróleo da Índia comunicou a refinarias no país que se preparem para uma redução drástica ou até a suspensão completa de importações da commodity do Irã a partir de novembro. "O Departamento de Energia (DoE) dos EUA pode estar disposto a dar os países afetados (pelas sanções) mais algum tempo, entretanto", ponderam os analistas.
Na agenda de indicadores, a Baker Hughes informou que o número de poços e plataformas de petróleo em operação em solo americano apresentou queda de 4, para o total de 858 na semana. Em geral, o dado dessa companhia não costuma influenciar mercados, mas, com o surpreendente recuo de quase 10 milhões de barris na contagem semanal de estoques nos EUA feita pelo DoE, a notícia se tornou mais um ingrediente no apetite de alta para os preços do óleo.
Por fim, o serviço de monitoramento de embarques Kpler detectou um aumento de 1 milhão de barris por dia nas exportações de países da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) nos primeiros 20 dias de junho, sugerindo que a decisão de elevar a oferta nessa proporção já havia sido tomada antes da reunião oficial do cartel, após a qual houve o anúncio oficial.
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