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Mercado de Capitais

- Publicada em 28 de Junho de 2018 às 01:00

Dólar tem alta de 2% e cotação vai a R$ 3,8737

O Banco Central (BC) tentou segurar o dólar ontem, mas não teve sucesso. Mesmo durante o jogo do Brasil na Copa da Rússia, a moeda chegou a renovar várias máximas, para fechar em R$ 3,8737 ( 1,99%), a maior cotação desde o dia 7 de junho (R$ 3,9146). Entre os principais países emergentes, o real teve o segundo pior desempenho ante o dólar hoje, perdendo apenas para a moeda da África do Sul. Especialistas em câmbio citam, entre os principais fatores para explicar a alta da moeda dos Estados Unidos nesta quarta-feira, o cenário externo adverso, saída de recursos de estrangeiros do Brasil e ação de especuladores com os vencimentos dos swaps.
O Banco Central (BC) tentou segurar o dólar ontem, mas não teve sucesso. Mesmo durante o jogo do Brasil na Copa da Rússia, a moeda chegou a renovar várias máximas, para fechar em R$ 3,8737 ( 1,99%), a maior cotação desde o dia 7 de junho (R$ 3,9146). Entre os principais países emergentes, o real teve o segundo pior desempenho ante o dólar hoje, perdendo apenas para a moeda da África do Sul. Especialistas em câmbio citam, entre os principais fatores para explicar a alta da moeda dos Estados Unidos nesta quarta-feira, o cenário externo adverso, saída de recursos de estrangeiros do Brasil e ação de especuladores com os vencimentos dos swaps.
O BC fez hoje dois leilões de linha, que é a venda de dólar no mercado à vista com compromisso de recompra, colocando um total de US$ 2,425 bilhões no mercado. O diretor de um banco europeu ressalta que só o fato de o dólar já estar subindo no exterior - por causa da normalização da política monetária dos Estados Unidos e da tensão comercial entre Washington e outros países - já é fator suficiente para manter o câmbio pressionado aqui. Para piorar, o diretor acrescenta que o Brasil tem um quadro de elevada incerteza com a eleição presidencial, sem sinalização clara de que um candidato reformista vá vencer, o que abre espaço para movimentos especulativos e fuga de capital externo.
Dados do Banco Central do fluxo cambial divulgados nesta quarta-feira confirmam saída de capital externo pelo fluxo financeiro (que inclui as aplicações em bolsa e renda fixa). Entre os dias 18 e 22, foram retirados US$ 766 milhões em valores líquidos. Operadores começaram a notar a retirada dos recursos em meados da semana passada, quando as taxas do cupom cambial (juro em dólar) começaram a subir.
Para alguns profissionais do mercado, foi esse movimento que levou o BC a ofertar linha, o que não fazia desde março. O final deste mês é tanto encerramento de trimestre como de semestre, o que aumenta a demanda por dólar no mercado à vista para remessa de recursos ao exterior por empresas.

Ibovespa sofre queda de 1,11%

Depois de três altas consecutivas, com as quais havia subido 1,90%, o Ibovespa perdeu fôlego e cedeu ao movimento vendedor das bolsas de Nova Iorque e à forte alta do dólar. O principal índice de ações da B3 chegou a subir 0,88% pela manhã, mas firmou-se em terreno negativo à tarde e fechou aos 70.609 pontos, com queda de 1,11%.
O desempenho teria sido pior, não fosse a valorização das ações da Petrobras, que acompanharam as altas do petróleo no mercado internacional e amenizaram as perdas por aqui. O volume de negócios acabou ficando acima do esperado para um dia de jogo do Brasil, somando R$ 8,742 bilhões.
Influenciadas pelo petróleo, as ações da Petrobras terminaram o dia com ganhos de 2,70% (ON) e 3,18% (PN). Por outro lado, as ações do setor financeiro, responsáveis por mais de 25% da carteira do Ibovespa, caíram em bloco. Entre elas, os destaques ficaram com Banco do Brasil ON (-2,06%), Itaúsa PN (-2,97%) e Itaú Unibanco PN (-1,81%).
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