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conjuntura internacional

- Publicada em 25 de Junho de 2018 às 21:55

Argentinos param contra pacote do governo Macri

Manifestantes interromperam as principais ruas de Buenos Aires em greve de 24 horas que afetou serviços

Manifestantes interromperam as principais ruas de Buenos Aires em greve de 24 horas que afetou serviços


/EITAN ABRAMOVICH / AFP/JC
A Confederação Geral do Trabalho (CGT), importante central sindical da Argentina, realizou ontem uma greve geral de 24 horas contra as políticas do governo de Mauricio Macri. O protesto provocou interrupções no tráfego de veículos, inclusive em Buenos Aires, e incluiu um ato na Praça da República, próxima do Obelisco na capital, além de um protesto em La Plata, informa a agência estatal Télam. A agência informou a paralisação de ônibus, trens, metrô, bancos, aulas, coleta de lixo e redução do atendimento nos hospitais.
A Confederação Geral do Trabalho (CGT), importante central sindical da Argentina, realizou ontem uma greve geral de 24 horas contra as políticas do governo de Mauricio Macri. O protesto provocou interrupções no tráfego de veículos, inclusive em Buenos Aires, e incluiu um ato na Praça da República, próxima do Obelisco na capital, além de um protesto em La Plata, informa a agência estatal Télam. A agência informou a paralisação de ônibus, trens, metrô, bancos, aulas, coleta de lixo e redução do atendimento nos hospitais.
Um dos principais quadros entre os sindicalistas do país, Hugo Moyano, líder do sindicato de caminhoneiros, afirmou os protestos não são uma ameaça à democracia, mas apenas um meio de pressionar Macri para adotar medidas que "não causem dor" e para que ele "escute o povo". "As pessoas não passavam antes as necessidades que passam agora", lamentou Moyano.
Segundo o jornal Clarín, a paralisação foi a terceira da CGT contra o governo Macri. O jornal diz que os trabalhadores pressionam por mudanças na política do governo, contra o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), exigem o fim de demissões e a reabertura de negociações entre empresários e sindicatos. O Clarín informou ainda que é alta a adesão ao protesto, também pelo fato de não haver transporte público. O jornal diz que Macri trabalhou para tentar evitar a paralisação, sem sucesso, mas pretende agora retomar o diálogo.
Os trabalhadores protestaram contra o quadro econômico ruim no país, os cortes de subsídios e outras medidas do governo para tentar ajustar as contas públicas, após o acordo com o FMI. Além disso, reclamam do impacto da alta inflação sobre os salários e os custos sociais do quadro econômico nacional.
 

Voos para Porto Alegre foram cancelados

A greve dos transportes ocorrida ontem na Argentina levou as companhias aéreas Gol, Azul, Latam e Aerolíneas Argentinas a cancelarem voos que tinham como origem ou destino os aeroportos daquele país. No caso do Salgado Filho, em Porto Alegre, que possui voos diretos para a nação vizinha apenas através da Aerolíneas Argentinas, foram suspensas duas viagens de ida e outras duas de vinda.
A paralisação do setor dos transportes tem como alvo o presidente argentino Mauricio Macri e é uma nova tentativa dos sindicatos de pressionar o governo devido ao aumento de tarifas públicas, à inflação e à desvalorização do peso, que perdeu mais de 30% de seu valor desde abril passado. Devido à situação, não houve voos domésticos na Argentina. A Azul cancelou seus voos que saiam de Belo Horizonte e da cidade de Navegantes (em Santa Catarina) para a capital argentina e também os voos que deixariam Buenos Aires em direção à capital mineira.
A Gol também cancelou todos os voos de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife com origem ou destino em Buenos Aires. No caso das viagens internacionais da Latam, foram cancelados voos de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Recife para Buenos Aires e da capital paulista para Rosário, Córdoba e Tucumán. Já a Aerolíneas Argentinas não voou de Buenos Aires para São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Curitiba.