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Mercado de Capitais

- Publicada em 26 de Junho de 2018 às 01:00

Ibovespa registra alta de 0,44% na sessão

O Índice Bovespa mostrou resiliência ante as fortes quedas das bolsas de Nova Iorque e, apesar da volatilidade, encerrou o dia em alta de 0,44%, aos 70.952 pontos. O descolamento das pares dos EUA, que chegou a gerar surpresa nas mesas de negociação, foi favorecido pelo bom desempenho das ações da Petrobras e de alguns papéis do setor financeiro, em meio a um sentimento de redução do risco político doméstico. O volume reduzido de negócios na sessão, no entanto, mostrou pouco interesse dos investidores pelo mercado de ações. Foram movimentados R$ 8,514 bilhões, ante R$ 14,2 bilhões da média diária de junho.
O Índice Bovespa mostrou resiliência ante as fortes quedas das bolsas de Nova Iorque e, apesar da volatilidade, encerrou o dia em alta de 0,44%, aos 70.952 pontos. O descolamento das pares dos EUA, que chegou a gerar surpresa nas mesas de negociação, foi favorecido pelo bom desempenho das ações da Petrobras e de alguns papéis do setor financeiro, em meio a um sentimento de redução do risco político doméstico. O volume reduzido de negócios na sessão, no entanto, mostrou pouco interesse dos investidores pelo mercado de ações. Foram movimentados R$ 8,514 bilhões, ante R$ 14,2 bilhões da média diária de junho.
O mercado iniciou o dia com viés comprador, repercutindo a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), de retirar da pauta o julgamento de um pedido de liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas a abertura negativa das bolsas de Nova Iorque anulou o movimento, refletindo os temores de que o governo dos Estados Unidos promova mais medidas protecionistas contra a China, desta vez mirando investimentos chineses em empresas de tecnologia norte-americanas.
O sinal positivo voltou em definitivo somente na última hora de negociação, com as ações da Petrobras ampliando ganhos e alguns papéis do setor financeiro migrando para o positivo, com destaque para Banco do Brasil ON ( 2,91%). No caso da Petrobras, a alta ocorreu mesmo em meio à desvalorização dos preços do petróleo no exterior. Segundo operadores, contribuiu para os ganhos a notícia da aprovação de acordo para encerrar uma ação coletiva nos Estados Unidos. Petrobras ON e PN subiram 1,86% e 3,90%.
O destaque negativo entre as blue chips ficou com os papéis da Vale, que caíram 1,77%. A queda das ações foi atribuída à tensão comercial entre EUA e China. Apesar de o minério de ferro ter fechado em alta no mercado à vista chinês, outras mineradoras pelo mundo também viram suas ações caírem.
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Dólar cai com leilão de linha do BC

A ação do Banco Central (BC), que ofertou ontem US$ 3 bilhões em um leilão de linha, que é a venda da moeda norte-americana no mercado à vista com compromisso de recompra, ajudou a acalmar o câmbio num dia de nervosismo no mercado internacional por conta de renovadas preocupações com o aumento do protecionismo nos EUA. O dólar à vista terminou o dia em R$ 3,7766 (-0,09%).
A segunda-feira começou com a expectativa para o primeiro leilão de linha do BC desde março. Do total ofertado, a instituição colocou apenas US$ 500 milhões. Especialistas em câmbio ressaltam que o BC não revela como foi a demanda pelos recursos, mas o fato de não ter colocado tudo o que pretendia pode ser um indicador de procura reduzida pela moeda norte-americana no mercado à vista. Um dos fatores que corroboram essa visão é que as taxas do cupom cambial (juro em dólar) caíram hoje.
Segundo especialistas, a elevação das taxas do cupom cambial é um indicador da falta de dólar no mercado à vista e foi um dos fatores que levaram o BC a ofertar o leilão de linha. Elas começaram a subir em meados da semana passada e podem ser um indício de procura por dólar por empresas para remeter recursos para o exterior com o fechamento do semestre se aproximando, ressalta o diretor de uma corretora de câmbio.
Mesmo vendendo apenas parte do ofertado, a estratégia do BC ao ofertar linha tem também um efeito psicológico importante para o mercado, que é mostrar que a instituição está a postos para atender a qualquer falta de liquidez e disposta a usar esse instrumento, o que retira um pouco a pressão compradora, ressalta o diretor da Wagner Investimentos, José Faria Junior. O executivo observa que o fato de não ter sido vendido tudo no leilão de linha e a falta de leilão extraordinário de swap são bons sinais, pois mostram que o câmbio está um pouco mais comportado agora.