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indústria

- Publicada em 26 de Junho de 2018 às 01:00

Anfavea prevê recuo nas vendas de veículos em junho

As vendas de veículos caminham para terminar junho abaixo do volume comercializado em maio, informou ontem o presidente da Associação Nacional dos. Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale. Com a greve dos caminhoneiros e diante das incertezas sobre as eleições, o consumidor perdeu confiança para comprometer sua renda com a compra de bens duráveis, como os automóveis.
As vendas de veículos caminham para terminar junho abaixo do volume comercializado em maio, informou ontem o presidente da Associação Nacional dos. Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale. Com a greve dos caminhoneiros e diante das incertezas sobre as eleições, o consumidor perdeu confiança para comprometer sua renda com a compra de bens duráveis, como os automóveis.
Em paralelo, o movimento nas concessionárias cai pela metade nos dias de jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo. Segundo Megale, as vendas deste mês estão, por enquanto, 15% abaixo de maio. A tendência é que essa queda seja amenizada, porque as vendas nos próximos dias não serão tão baixas quanto às da última semana de maio, comprometida pela paralisação dos caminhoneiros. Ainda assim, o presidente da Anfavea disse que o resultado de junho será inferior ao de maio, quando a greve interrompeu as entregas de carros e levou praticamente todas as montadoras a suspender a produção. Os emplacamentos de veículos, que somaram 201,9 mil veículos no mês passado, não devem chegar a 200 mil em junho.
A indústria automobilística deixou de vender 25 mil carros nos dias de greve dos caminhoneiros, e nem todo esse volume será recuperado, já que parte dos consumidores pode desistir da compra. Já em relação à perda de produção, estimada em aproximadamente 80 mil veículos nos dias de greve, Megale ainda acredita ser possível recuperar até o fim do ano.
As montadoras e os fabricantes de autopeças vêm convocando jornadas extras de produção para recuperar o volume perdido nos dias parados por conta da greve. Apesar dos números negativos, a Anfavea deve elevar a previsão de crescimento de 11,7% das vendas de veículos neste ano.
A revisão é justificada pelo desempenho acima das expectativas que o mercado vinha apresentando antes da greve. Com isso, a produção deve ficar igual ou melhor do que o crescimento de 13,2% previsto pela entidade para 2018.
O crescimento das exportações - previsto, por enquanto, em 5% - deve ser revisto para baixo em razão do consumo pior do que o esperado no México e na Argentina. No mercado vizinho, principal destino dos veículos exportados pelo Brasil, as vendas devem ser prejudicadas pelo impacto cambial e pelo aumento dos juros, anunciado pelo Banco Central da Argentina para conter a desvalorização do peso.

Grupo dono da Fiat e da Jeep vai investir R$ 14 bi na América Latina

O grupo FCA, dono da Fiat e da Jeep, anunciou ontem que planeja investir R$ 14 bilhões na América Latina entre 2018 e 2022. A maior parte dos recursos terá como destino o Brasil, que concentra 54% das vendas da montadora na região. Os aportes exatos para cada país, no entanto, não foram revelados.
O anúncio foi feito pelo presidente do conglomerado na região, Antonio Filosa, que assumiu o posto em março. Os investimentos fazem parte do plano da empresa de investir ¤ 45 bilhões em todo o mundo no mesmo ciclo.
Dos R$ 14 bilhões previstos para a América Latina, nada será destinado para a construção de novas fábricas - no Brasil, o grupo tem unidades em Betim (MG) e Goiana (PE). Cerca de 90% dos investimentos, segundo Filosa, serão direcionados para novos produtos, motores e conectividade.
O grupo prevê 15 novos carros da marca Fiat e outros 10 novos modelos para as marcas Jeep e RAM - esta ainda será lançada no Brasil. Uma parte menor do dinheiro será usada para melhoria dos processos industriais.
Os investimentos, no entanto, estão condicionados à aprovação do Rota 2030, política para o setor que está sendo elaborada pelo governo e ainda não foi anunciada, apesar de prevista inicialmente para o segundo semestre do ano passado. "A possibilidade de aprovação do Rota 2030 no curto prazo foi uma premissa para a construção do nosso plano de negócios", disse o executivo, que afirmou que a política está nos ajustes finais.