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Economia

- Publicada em 25 de Junho de 2018 às 16:02

Produção industrial tem forte queda em maio influenciada por greve, aponta CNI

Paralisação também aumentou ociosidade no setor e provocou acúmulo de estoques indesejados

Paralisação também aumentou ociosidade no setor e provocou acúmulo de estoques indesejados


NELSON ALMEIDA/AFP/JC
Agência Estado
A paralisação dos caminhoneiros que durou 11 dias no fim de maio afetou fortemente o desempenho da indústria nacional. De acordo com Sondagem Industrial divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) na tarde desta segunda-feira (25) a interrupção do fluxo de mercadorias reduziu a produção industrial, aumentou a ociosidade no setor e provocou acúmulo de estoques indesejados. O estudo mostra que o índice de evolução da produção caiu de 48,8 pontos em abril para 41,6 pontos, bem abaixo da linha divisória de 50 pontos da pesquisa.
A paralisação dos caminhoneiros que durou 11 dias no fim de maio afetou fortemente o desempenho da indústria nacional. De acordo com Sondagem Industrial divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) na tarde desta segunda-feira (25) a interrupção do fluxo de mercadorias reduziu a produção industrial, aumentou a ociosidade no setor e provocou acúmulo de estoques indesejados. O estudo mostra que o índice de evolução da produção caiu de 48,8 pontos em abril para 41,6 pontos, bem abaixo da linha divisória de 50 pontos da pesquisa.
"O resultado foi claramente influenciado pela interrupção dos serviços de transportes terrestres em maio, que prejudicou o fluxo de insumos e mercadorias", cita o estudo. Segundo a CNI, a produção industrial costuma aumentar na passagem de abril para maio, como ocorreu entre 2011 e 2013 e em 2017 (este último influenciado pelo grande número de feriados em abril daquele ano). No entanto, a crise no abastecimento não confirmou a tendência neste ano. O estudo ainda mostra que, na comparação com 2017, o índice de maio de 2018 é 12,2 pontos menor.
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) ficou em 63%, com recuo de 3 pontos porcentuais em relação ao mês anterior. "O porcentual é o menor para o mês de toda a série histórica mensal, com início em 2011".
O estudo revela também que os efeitos da paralisação de maio foram mais intensos nas grandes empresas, com índice de evolução da produção em 41,6 pontos. A ociosidade também foi maior nas companhias de grande porte, com UCI em maio de 67%. Na sequência, vêm as médias e depois as pequenas.
A pesquisa mostra que o indicador de evolução dos estoques efetivos em relação ao planejado subiu para 53,3 pontos em maio. O indicador varia de 0 a 100 pontos. Valores acima de 50 pontos indicam que os estoques estão acima do planejado. O emprego também teve queda no mês passado e ficou em 48,3 pontos. "A paralisação dos transportes de carga atingiu a atividade industrial que já estava com dificuldades de se recuperar", destacou o economista da CNI Marcelo Azevedo.
Quanto às expectativas do setor, a Sondagem Industrial ressalta que os prejuízos com a greve dos caminhoneiros também atingiram o otimismo dos empresários. Embora acima dos 50 pontos, os indicadores de expectativas em relação à demanda, à compra de matérias-primas e de quantidade exportada recuaram nesta edição, e o indicador de emprego caiu para 48,9 pontos, mostrando que os empresários preveem mais demissões nos próximos seis meses.
Diante da redução das expectativas no curto prazo, os empresários estão pouco dispostos a fazer investimentos, mostra o estudo. O índice de intenção de investimentos caiu de 52,2 pontos para 50,5 pontos. Com esse resultado, já são quatro meses consecutivos de redução da intenção de investir, diz o levantamento.
A Sondagem Industrial de maio foi feita entre 4 e 14 de junho com 2.204 indústrias. Dessas, 920 são pequenas, 780 são médias e 504 são de grande porte.
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