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Economia

- Publicada em 22 de Junho de 2018 às 01:00

Paralisação leva IPCA-15 a ter maior alta desde 1995

Brasileiro sofreu com o avanço de 2,60% no botijão e falta do produto

Brasileiro sofreu com o avanço de 2,60% no botijão e falta do produto


/PEDRO VENTURA/ABR/JC
Os preços de alimentos e combustíveis dispararam em meio à paralisação de caminhoneiros e pressionaram o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) de junho, indicador que serve como uma prévia da inflação oficial do País. Dados do IBGE divulgados nesta quinta-feira apontam que o índice subiu 1,11% entre 16 de maio a 13 de junho, na maior variação para o mês desde 1995, quando registrou 2,35%. No ano, acumula alta de 2,35%, e em 12 meses, de 3,68%.
Os preços de alimentos e combustíveis dispararam em meio à paralisação de caminhoneiros e pressionaram o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) de junho, indicador que serve como uma prévia da inflação oficial do País. Dados do IBGE divulgados nesta quinta-feira apontam que o índice subiu 1,11% entre 16 de maio a 13 de junho, na maior variação para o mês desde 1995, quando registrou 2,35%. No ano, acumula alta de 2,35%, e em 12 meses, de 3,68%.
 
O movimento dos caminhoneiros, que reivindicavam, entre outras coisas, diminuição no preço do diesel, paralisou o País entre os dias 21 e 31 de maio, com os reflexos de desabastecimento se estendendo por junho.
 
Os grupos alimentação e bebidas (1,57%), habitação (1,74%) e transportes (1,95%) foram as principais influências para puxar o indicador para cima. Entre os alimentos que tiveram alta, a batata inglesa, cebola e tomate foram as maiores altas. A batata foi a que mais subiu no período, tendo registrado alta de 45,12%. A cebola teve alta de 19,95% e o tomate, 14,15%.
 
Os alimentos tiveram altas porque muitos produtos ficaram retidos nos bloqueios feitos por caminhoneiros nas principais estradas do País. Centros de distribuição de alimentos e entrepostos passaram dias sem receber carregamentos dos principais produtos, o que fez os preços dispararem diante da falta. Quando a situação nas estradas se normalizou, houve uma corrida dos consumidores aos mercados para abastecer novamente suas despensas.
 
Os tubérculos, raízes e legumes foram o grupo de maior variação na prévia da inflação de junho, de 21,83% no período. As frutas também dispararam de preço, casos do abacate ( 14,93%), limão ( 20,57%) e maracujá ( 28,29%).
 
No segmento de habitação, os serviços de mudança tiveram alta de 2,84% devido ao desabastecimento de combustíveis. A falta de diesel nos postos reduziu a oferta de fretes para mudanças.
 
O segmento de combustíveis e energia voltados para o consumo nas residências subiu 4,62%. O gás de botijão, por exemplo, subiu 2,60% no período. A distribuição foi afetada primeiro pela falta de transporte e, em seguida, porque a procura foi grande quando o produto voltou a ficar disponível.
 
A energia elétrica residencial teve alta de 5,44% no período devido à mudança na bandeira tarifária da conta de luz no início o mês.
 
As medidas tomadas pelo governo federal para garantir redução do preço dos combustíveis na bomba dos postos de gasolina não tiveram impacto imediato na prévia da inflação. Os combustíveis para veículos tiveram alta de 5,94% no período.
 
O diesel, cujo preço foi o estopim para o movimento de paralisação, subiu 3,06% no IPCA-15 de junho. A gasolina sozinha teve alta de 6,98%. O etanol (2,36%) e o GNV (1,44%) também encareceram.
 
O governo tem utilizado a ANP (Associação Nacional de Petróleo) para fiscalizar postos e garantir que o desconto dado nas refinarias chegue às bombas para o consumidor final. O desconto dado nas refinarias não tem sido repassado na mesma proporção nos postos. Como o IPCA verifica apenas os preços cobrados ao consumidor final, a mudança ainda não foi suficiente para gerar impacto significativo no índice.
 
 
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