Em 2016, o terceiro ano de crise dentro da indústria brasileira, 401 mil postos de trabalho foram eliminados no setor. De 2013 a 2016, o emprego industrial caiu 14,3%, o equivalente a menos 1,3 milhão de vagas. Os dados são da Pesquisa Industrial Anual (PIA) 2016, divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número de indústrias ativas também diminuiu, caindo de 323,3 mil, em 2015, para 321,2 mil em 2016, 2.085 empresas a menos. Os investimentos em ativo imobilizado foram reduzidos de
As atividades com maior número de vagas de trabalho fechadas no ano de 2016 foram fabricação de produtos minerais não metálicos (-56,5 mil), fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-35,6 mil), e fabricação de móveis (-34 mil).
O levantamento constatou, também, o encolhimento da indústria naval durante a crise. Em dois anos de cortes, foram extintas 49% das vagas na construção de embarcações, reduzindo o pessoal ocupado na área de 61.543, em 2014, para 31.505 em 2016.
Em toda a indústria brasileira, considerando as extrativas e a indústria da transformação, o total de pessoas trabalhando caiu a 7,742 milhões em 2016. Os gastos com pessoal, porém, aumentaram de R$ 422,766 bilhões para R$ 443,163 bilhões na passagem de 2015 para 2016, em valores correntes. Os custos das operações industriais aumentaram de R$ 1,410 trilhão para R$ 1,423 trilhão no período. Mas o valor adicionado também cresceu - de R$ 746,706 bilhões para R$ 778,975 bilhões.
Em 2016, a receita total da indústria da transformação e extrativas totalizou R$ 3,2 trilhões, sendo que a receita líquida de vendas alcançou R$ 2,8 trilhões.