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Economia

- Publicada em 21 de Junho de 2018 às 01:00

Guerra comercial é risco para a América Latina

Uma guerra comercial global, detonada pelas hostilidades entre Estados Unidos e China, é um dos maiores riscos para a recuperação econômica dos países da América Latina, incluindo o Brasil.
Uma guerra comercial global, detonada pelas hostilidades entre Estados Unidos e China, é um dos maiores riscos para a recuperação econômica dos países da América Latina, incluindo o Brasil.
Esse é o diagnóstico de especialistas reunidos pelo banco Santander em um seminário para a imprensa latino-americana realizado em Londres nesta semana.
"O protecionismo é o risco mais grave para a região. É mais preocupante do que uma eventual desaceleração da China ou do preço das commodities", afirmou Angel Melguizo, economista-chefe para América Latina da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
Ao contrário de Chile e México, economias bastante abertas, países como Brasil e Argentina devem ser menos afetados pelas medidas protecionistas, já que o comércio exterior responde por uma fatia pequena do PIB (Produto Interno Bruto).
Segundo Maurício Molan, economista-chefe do Santander no Brasil, o desafio para o País é que a guerra comercial deve piorar a aversão ao risco, o que pode levar a uma desvalorização ainda mais acentuada do real e reduzir a atração de investimentos. "É um jogo em que todos perdem", diz.
Os cálculos do departamento de macroeconômico do Santander apontam para uma queda entre 0,1% e 0,2% do crescimento global, considerando as medidas protecionistas já anunciadas pelos diversos países, mas a situação pode piorar. Ainda não foi possível calcular o impacto por país.
Molan reduziu recentemente sua estimativa de alta do PIB no Brasil de 2,3% para 2%. Segundo ele, a mudança foi motivada pelo aumento da aversão ao risco em geral - não apenas por causa do protecionismo - e pela paralisação dos caminhoneiros.
"Hoje, temos no Brasil juros mais baixos e a moeda mais fraca. Isso significa um país mais competitivo. Mas temos que nos acostumar com um câmbio mais desvalorizado", ressaltou.
 
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