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Consumo

- Publicada em 21 de Junho de 2018 às 01:00

Classes A e B lideram pedidos de financiamento, diz pesquisa

Recursos foram usados para finalidades como a compra de veículos

Recursos foram usados para finalidades como a compra de veículos


MARCO QUINTANA/JC/MARCO QUINTANA/JC
Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todo o País revela que 10% dos brasileiros fizeram algum tipo de financiamento nos últimos 12 meses, sobretudo as classes A e B (16%). Desse total, 43% contratou essa modalidade de crédito para a compra do carro novo; 20%, para bancar a faculdade; e 17%, para realizar o sonho da casa própria. Entre outras razões mencionadas destacam-se a compra de móveis (17%), eletrônicos (12%), motocicleta (12%) e reforma do imóvel (11%).
Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todo o País revela que 10% dos brasileiros fizeram algum tipo de financiamento nos últimos 12 meses, sobretudo as classes A e B (16%). Desse total, 43% contratou essa modalidade de crédito para a compra do carro novo; 20%, para bancar a faculdade; e 17%, para realizar o sonho da casa própria. Entre outras razões mencionadas destacam-se a compra de móveis (17%), eletrônicos (12%), motocicleta (12%) e reforma do imóvel (11%).
Apesar de a maior parte dos financiamentos estar relacionada a itens que exigem planejamento, 42% dos entrevistados relataram que recorreram a esse tipo crédito para suprir alguma necessidade pontual ou imprevisto, ao passo que 35% buscavam concretizar um sonho de consumo. O estudo mostra que 14% dos consumidores financiaram algum bem em benefício de amigo ou parente. Já 87% não fizeram qualquer tipo de financiamento no último ano.
"Muitos brasileiros desejam comprar um carro zero, a casa própria ou fazer um curso superior, mas não têm condições financeiras para pagar à vista. E o financiamento viabiliza a concretização do sonho. Sem ele, a maioria das pessoas não conseguiria adquirir bens de alto valor. Apesar disso, um compromisso financeiro de longo prazo como esse exige muito planejamento para garantir que a saúde financeira da família não seja prejudicada", explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Embora a pesquisa revele que 71% dos brasileiros que realizaram algum financiamento no último ano tenham analisado as tarifas e os juros cobrados na hora de contratar o serviço, 26% não chegaram a estudar os custos sendo que 14% reconhecem só ter avaliado se a parcela a ser paga cabia no orçamento. Antes de decidir pelo financiamento, 78% dos consumidores afirmam ter verificado a real possibilidade de quitar as prestações ao longo de todo o período, enquanto 16% não avaliaram.
O estudo também quis saber a percepção dos entrevistados quanto aos juros cobrados na contratação dos financiamentos, e 22% consideram as taxas abusivas. Cerca de 33% acham os valores altos, e 30% disseram que os valores praticados são razoáveis.
Quando questionados sobre como administram o pagamento das parcelas, um em cada cinco entrevistados (23%) assume não controlar de forma efetiva esses pagamentos. Já 77% afirmam acompanhar de perto os gastos com o financiamento, sendo que 30% o fazem por meio de anotações em caderno ou agenda, 24% registram as despesas em aplicativos de celular e 23%, em planilhas de computador.

Em média, consumidor contrata até dois serviços da modalidade ao mesmo tempo

Os consumidores entrevistados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) declararam ter, em média, entre um e dois financiamentos em aberto, dos quais 33% têm um, 18% possuem dois e 5%, três ou mais. Entre os que mantêm financiamentos em aberto, a quantidade média de parcelas a pagar é de 18 prestações, enquanto 34% afirmam não ter financiamento por já terem quitado os compromissos.
A falta de controle dos gastos acaba refletindo na inadimplência de um número significativo de consumidores que possui financiamento. Um em cada cinco entrevistados com financiamento em aberto (20%) tem parcelas em atraso, com uma média de duas prestações atrasadas por pessoa. Na contramão, 72% estão com o pagamento das parcelas em dia.
As consequências para quem atrasa o pagamento das prestações implicam no pagamento de multas e juros, até a negativação do nome. A pesquisa mostra que dois em cada cinco entrevistados (39%) já ficaram com o nome sujo pela falta de pagamento de parcelas do financiamento, sendo que 27% regularizaram a situação, e 12% permanecem negativados.
Dois em cada 10 consumidores tentaram fazer algum tipo de financiamento nos últimos três meses (16%), mas 10% tiveram pedido negado, sobretudo as classes C, D e E (11%). Os principais motivos estão ligados à restrição do nome em cadastros de proteção ao crédito (54%), valor do financiamento maior do que o permitido pela renda (24%) e inexistência de garantias para os credores (9%).
Entre os que tiveram os financiamentos negados, 30% pretendiam comprar um carro; 16% planejavam adquirir um imóvel; 13%, eletrônicos; e 10%, móveis. Apenas 6% dos entrevistados conseguiram aprovação de financiamento; e 84% disseram não ter tentado contratar financiamentos no período.