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Economia

- Publicada em 20 de Junho de 2018 às 01:00

Intenção de consumo das famílias cai 0,5% em junho

Disposição para a compra de bens duráveis segue em patamar baixo

Disposição para a compra de bens duráveis segue em patamar baixo


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
A greve dos caminhoneiros, a escassez na distribuição de produtos e a disparada do dólar afetaram as perspectivas do consumo das famílias e a disposição para compra de bens duráveis, apurou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) na medição do ICF (Intenção de Consumo das Famílias) em junho, que caiu 0,5% em relação ao mês anterior, apesar de ter crescido 12,4% na comparação com junho de 2017.

A greve dos caminhoneiros, a escassez na distribuição de produtos e a disparada do dólar afetaram as perspectivas do consumo das famílias e a disposição para compra de bens duráveis, apurou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) na medição do ICF (Intenção de Consumo das Famílias) em junho, que caiu 0,5% em relação ao mês anterior, apesar de ter crescido 12,4% na comparação com junho de 2017.

Para 2018, apesar do quadro atual, a CNC mantém a projeção de alta de 5% no varejo ampliado (inclui veículos automotores e material de construção) e prevê que o impacto das manifestações de maio deve ficar limitado ao terceiro bimestre e não comprometer a tendência de alta nas vendas.

Segundo a CNC, a pesquisa do ICF completa neste mês três anos e um mês abaixo dos 100 pontos, registrando 86,7 pontos, "mostrando a insatisfação persistente das famílias quanto às condições de consumo", avaliou a entidade.

O resultado só não foi pior por conta da percepção mais positiva quanto o emprego atual, reflexo da melhoria do mercado de trabalho. O subíndice mercado de trabalho da pesquisa registrou 113,4 pontos, com aumento de 0,5% em relação ao mês passado e 5,8% na comparação anual. O percentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego atual também apresentou alta. Em 2017, o indicador era de 31,2%; e, este ano, alcançou 33,9%.

Já em relação às perspectivas do mercado de trabalho, houve recuo de 0,4% contra maio, mas subiu 7,1% em relação a junho de 2017. Esta é a quinta vez que o indicador fica acima da zona de indiferença, com 103,4 pontos.

O subíndice nível de consumo atual teve leve recuo de 0,1% na comparação com maio, porém aumento de 19,9% em relação a junho de 2017. Já o componente momento para duráveis apresentou queda de 1,1% no comparativo mensal, mas em relação ao ano passado a alta registrada foi de 17,5%. O estudo aponta que o índice segue abaixo da zona de indiferença, com 60,8 pontos.

"A queda desses componentes reflete a disposição das famílias em gastar um pouco menos, principalmente com produtos que venham a comprometer o orçamento com compras parceladas", analisa o economista da CNC Antonio Everton Chaves Junior.

A renda atual, outro subíndice do ICF, voltou ao patamar de neutralidade (100 pontos), mas o componente acesso ao crédito caiu 0,3% contra maio e teve alta de 16,6% contra junho de 2017.

"Apesar da melhora de todos os subíndices em relação ao ano passado, 42,8% das famílias entrevistadas declararam estar com o nível de consumo menor do que em 2017", afirmou a CNC em nota.

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