Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 19 de Junho de 2018 às 01:00

Diesel no Rio Grande do Sul cai R$ 0,348 em duas semanas

Durante paralisação, valor disparou devido à crise de abastecimento

Durante paralisação, valor disparou devido à crise de abastecimento


/MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL/JC
Duas semanas após o início das subvenções ao preço do diesel no País, os postos do Rio Grande do Sul ainda não alcançaram os R$ 0,46 de redução nas bombas prometidos pelo governo federal no acordo com os caminhoneiros para encerrar a paralisação da categoria. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), no Estado, o valor médio do preço do diesel foi de R$ 3,721, em 20 de maio, para R$ 3,373, em 10 de maio, uma redução de R$ 0,348.
Duas semanas após o início das subvenções ao preço do diesel no País, os postos do Rio Grande do Sul ainda não alcançaram os R$ 0,46 de redução nas bombas prometidos pelo governo federal no acordo com os caminhoneiros para encerrar a paralisação da categoria. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), no Estado, o valor médio do preço do diesel foi de R$ 3,721, em 20 de maio, para R$ 3,373, em 10 de maio, uma redução de R$ 0,348.
Em 22 estados e no Distrito Federal, a queda no preço do combustível não chegou à metade dos R$ 0,46 por litro prometidos pelo governo. No Acre, o preço médio ainda é maior do que o praticado na semana antes da greve dos caminhoneiros.
Na média nacional, o diesel foi vendido a R$ 3,434 por litro na semana passada. O valor é apenas R$ 0,151 inferior ao praticado na semana encerrada no dia 19, anterior à paralisação. Durante a greve, os preços dispararam diante da crise de abastecimento no País.
O governo definiu a data de 21 de maio - quando a greve dos caminhoneiros foi iniciada - como referência para fiscalizar se a subvenção será totalmente repassada aos postos. Com subsídio no preço e cortes nos impostos, o governo repassará R$ 13,6 bilhões dos contribuintes ao consumidor de óleo diesel.
Segundo a pesquisa da ANP, o maior repasse foi verificado em Roraima: R$ 0,39 por litro. Em outros três estados - Amazonas (R$ 0,298), Rondônia (R$ 0,266) e Sergipe (R$ 0,26) -, a queda é maior do que a metade do valor prometido pelo governo.
A redução de R$ 0,46 no preço de refinaria do diesel foi obtida com uma subvenção de R$ 0,30 por meio da transferência de recursos do Tesouro à Petrobras e importadoras, e por corte de R$ 0,16 por litro na carga tributária. Na semana passada, o diretor-geral da ANP, Décio
Oddone, disse que complexidades do mercado - como a logística de abastecimento, a carga tributária e os estoques de postos e distribuidoras - fazem com que o repasse integral leve mais tempo. "Vai levar cerca de 15 dias para que esse desconto chegue à ponta", afirmou. A ANP está desenvolvendo um sistema para monitorar os preços, com atualização sempre que os postos mudarem os valores de bomba, que deve entrar em operação no dia 20.
O aumento do preço do diesel foi o estopim para a insatisfação dos caminhoneiros, que vinham sofrendo também com uma frustração do crescimento econômico. O setor de transporte tinha sido beneficiado com juros subsidiados do Bndes. Transportadores autônomos e empresas conseguiram renovar e aumentar a frota.
Mas o crescimento esperado não veio. Ao contrário, o Brasil viveu a mais longa recessão de sua história e uma das mais intensas. Com muita oferta de transporte de carga e economia andando para trás, não havia espaço para aumentar os fretes e repassar o custo do diesel, com o agravante de haver trabalhadores endividados devido à renovação da frota.
Frente a este cenário, o setor decidiu paralisar suas atividades em 21 de maio, retornando à normalidade, no início de junho, após uma série de concessões por parte do governo federal.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO