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Turismo

- Publicada em 17 de Junho de 2018 às 21:53

Caminho das Missões ganha uma nova rota

Catedral em Santo Ângelo faz parte do roteiro no lado brasileiro

Catedral em Santo Ângelo faz parte do roteiro no lado brasileiro


/OPERADORA CAMINHO DAS MISSÕES/DIVULGAÇÃO/JC
Uma integração internacional no roteiro Caminho das Missões será implementada em agosto, quando ocorre passeio experimental que irá analisar os ajustes necessários e a preparação das hospedagens ao longo do trajeto, com saída a partir da cidade de San Ignácio Guazu, no Paraguai. Funcionando desde 2002, o percurso brasileiro está consolidado e tem 338 quilômetros de extensão (entre São Borja e Santo Ângelo), atraindo centenas de visitantes todos os anos. Realizada durante 14 dias, a caminhada em território nacional pode ser feita com condutor especializado, carro de apoio, guias de turismo em diversos pontos e visitas a sítios arqueológicos. Formatada pela operadora Caminho das Missões, a peregrinação com teor turístico pode ser feita a partir da compra de pacotes que incluem pernoites e refeições - disponibilizados por diversas agências de viagens que trabalhem o segmento histórico-cultural ou de aventura.
Uma integração internacional no roteiro Caminho das Missões será implementada em agosto, quando ocorre passeio experimental que irá analisar os ajustes necessários e a preparação das hospedagens ao longo do trajeto, com saída a partir da cidade de San Ignácio Guazu, no Paraguai. Funcionando desde 2002, o percurso brasileiro está consolidado e tem 338 quilômetros de extensão (entre São Borja e Santo Ângelo), atraindo centenas de visitantes todos os anos. Realizada durante 14 dias, a caminhada em território nacional pode ser feita com condutor especializado, carro de apoio, guias de turismo em diversos pontos e visitas a sítios arqueológicos. Formatada pela operadora Caminho das Missões, a peregrinação com teor turístico pode ser feita a partir da compra de pacotes que incluem pernoites e refeições - disponibilizados por diversas agências de viagens que trabalhem o segmento histórico-cultural ou de aventura.
A rota já tem outra saída internacional, também ainda em sistema experimental, que parte da cidade de Corpus, na província de Misiones, na Argentina. Implementada em outubro de 2017, a rota percorre 425 quilômetros até Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul. "Com a integração do trecho paraguaio, serão em torno de 750 quilômetros de caminhada, passando pelas Missões dos 30 Povos", comenta o sócio-proprietário da operadora, Romaldo Melher. Segundo ele, o roteiro único - unindo Argentina, Paraguai e Brasil - deve ser implementado em 2019. Por enquanto, os trechos experimentais da Argentina e do Paraguai até o Brasil são realizados separadamente.
Saindo de solo argentino, o trajeto até Santo Ângelo (RS) é cumprido em 18 dias de caminhadas, pelos locais históricos onde havia os povoados missioneiros jesuítico-guaranis. Onde corresponde o território da Argentina e do Brasil, havia 22 povoados, dos quais o Caminho das Missões Internacional percorre sete (de um total de 15) locais nos quais existem reduções na Argentina e outros sete aldeamentos indígenas fundados pelos jesuítas espanhóis que estão em território brasileiro. "Coincidentemente, também serão percorridos sete locais no Paraguai - onde estão oito de um total de 30 povos pelos quais passaram os padres jesuítas espanhóis a partir de 1626, com o objetivo de catequizar e "civilizar" índios de diversas etnias que habitavam esses lugares", observa Melher.
"Faço a peregrinação desde 2002. Ao todo, já foram 25 vezes", calcula o desenhista Julio Carlos Sander, 66 anos. Morador de Santana do Livramento, ele destaca, além das paisagens "sensacionais" entre trilhas e campos (percorridas, inclusive, com o neto Augusto, na época que ele tinha dois anos e quatro meses), os diversos pontos de parada que têm relação com história, religião e misticismo. "Também é muito interessante que os lugares de pernoite se intercalam entre os extremamente simples e os mais sofisticados", observa.
Outro sócio-proprietário da operadora Caminho das Missões, José Roberto de Oliveira lembra que, apesar de as estradas antigas onde viviam os guaranis ainda serem de chão batido, a estrutura "tem melhorado muito".
"A região vem fazendo um trabalho de qualificação do entorno, tanto na gastronomia quanto na hotelaria", comenta. No caminho, os peregrinos dormem em estâncias e fazendas, localizadas em regiões bem nativas, passando pelos municípios da Campanha e do Pampa. "É um mergulho na cultura do gaúcho, e os visitantes estrangeiros e de outros estados brasileiros saem encantados."

Visita às reduções jesuíticas dos Sete Povos está entre atrativos das férias de julho

Sander fez o trajeto com o neto Augusto, quando ele tinha dois anos

Sander fez o trajeto com o neto Augusto, quando ele tinha dois anos


/JULIO CARLOS SANDER/ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
Composto pelas reduções de São Francisco de Borja, São Nicolau, São Miguel Arcanjo, São Lourenço Mártir, São João Batista, São Luiz Gonzaga e Santo Ângelo Custódio, os Sete Povos das Missões, localizados no Rio Grande do Sul, apresentam cenários entre a Campanha e a fronteira, e patrimônios culturais da humanidade e nacionais, que podem ser visitados em duas semanas.
"Para aqueles que só a contemplação já não encanta mais, eis uma oportunidade de férias em família, com amigos ou mesmo só, mas unido com um belo grupo", comenta o sócio-proprietário da operadora Caminho das Missões, José Roberto de Oliveira, que já está comercializando pacotes com saídas no dia 16 de julho, a partir da cidade de São Borja. Com chegada prevista para o dia 29 de julho no município de Santo Ângelo, o grupo percorrerá 25 km/dia de estrada de terra vermelha, passando por grutas, catedrais, museus, sítios arqueológicos, entre outros atrativos.
"A hospedagem e a alimentação são feitas em locais com as melhores condições da região, fazendas restaurantes e hotéis qualificados para bem receber os peregrinos", destaca Oliveira. Ele diz que, além do público que busca o lado espiritual da caminhada, a peregrinação também atrai muitos turistas interessados nos segmentos de aventura, contemplação de natureza e animais silvestres, ou mesmo trekking. "É um passeio incrível, no qual o peregrino permeia todo um universo deste mundo nativo do gaúcho, recheado de história", opina. "Tradicionalmente, caminhantes de todas as idades estão presentes, incluindo pessoas de mais de 80 anos e crianças, que já participaram levados pela ideia de união familiar e de espiritualização."
Empresário de São Vendelino, Jair Fernando Baumgratz, 55 anos, já realizou o passeio seis vezes (ele destaca que é possível fazer trajetos menores, de três a sete dias, dependendo do município de partida). "Por mim, faço todos os anos, é meu período sabático", comenta. "Considero um desafio físico, e também gosto muito de conseguir me isolar um tempo, conhecendo novas pessoas, saindo da rotina do trabalho." O aposentado Jacy Ludgero Pfitscher, 77 anos, concorda que é muito interessante o intercâmbio com outros turistas. "Fiz o Caminho das Missões umas 10 vezes e já fiz amizade nas famílias das casas onde ficamos instalados no caminho, é um clima muito bom, realmente acolhedor."