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Economia

- Publicada em 14 de Junho de 2018 às 10:13

Taxas de juros recuam na esteira do dólar ante real e rendimento dos Treasuries

Agência Estado
As taxas futuras de juros recuam nesta quinta-feira (14) na esteira do dólar fraco ante o real e da queda dos juros dos Treasuries, após terem subido na véspera em reação ao Federal Reserve "hawkish" (ou duro) em sua sinalização. O mercado também digere o Banco Central Europeu (BCE), que mostrou gradualismo na retirada dos estímulos.
As taxas futuras de juros recuam nesta quinta-feira (14) na esteira do dólar fraco ante o real e da queda dos juros dos Treasuries, após terem subido na véspera em reação ao Federal Reserve "hawkish" (ou duro) em sua sinalização. O mercado também digere o Banco Central Europeu (BCE), que mostrou gradualismo na retirada dos estímulos.
O BCE manteve a taxa de refinanciamento em 0% e a taxa de depósitos negativa em -0,4% e disse que elas devem seguir nos níveis atuais até pelo menos o verão europeu de 2019. Havia expectativa no mercado de que o BCE poderia sinalizar que os juros subiriam em algum momento no primeiro semestre do próximo ano.
A instituição também anunciou que as compras do programa de relaxamento quantitativo (QE) continuarão em 30 bilhões de euros por mês até setembro e inovou ao indicar que, entre outubro e dezembro, as compras do QE serão reduzidas a 15 bilhões de euros por mês.
Ponderou, no entanto, que a redução do QE após setembro está sujeita a dados futuros. Por volta das 9h30, em entrevista coletiva, o presidente do BCE, Mario Draghi, disse que o grau amplo de estímulo ainda é necessário para apoiar a inflação na zona do euro e que a instituição está pronta para fazer ajustes na política para que inflação atinja meta (porcentual pouco abaixo de 2% ao ano).
O Tesouro Nacional ofertou 300 mil NTN-F para venda e até 1,5 milhão para compra (9h30) e realiza também leilão de recompra de Notas do Tesouro Nacional Série F (NTN-F) (11h).
Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o volume de serviços prestados aumentou 1,0% em abril ante março, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços. Esse resultado foi o primeiro positivo registrado em 2018. O último avanço da série com ajuste sazonal tinha ocorrido em dezembro de 2017, quando os serviços cresceram 1,2%.
No mês anterior, o dado não foi revisado, mantendo recuo de 0,20%. O resultado do quarto mês do ano veio perto do teto das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam desde uma queda de 0,1% a uma alta de 1,1%, com mediana positiva de 0,6%.
Na comparação com abril do ano anterior, houve alta de 2,2% no resultado mensal, já descontado o efeito da inflação. Nessa comparação, as previsões iam de avanço de 0,4% a 2,7%, com mediana positiva de 1,45%. A taxa acumulada pelo volume de serviços prestados no ano ficou negativa em 0,6%, enquanto o volume acumulado em 12 meses registrou perda de 1,4%.
Nesta quarta-feira (13) o movimento de alta foi mais acentuado nos vencimentos mais longos. Os curtos, por sua vez, tiveram leve alta, influenciados pela expectativa de aumento da Selic de 0,25 ponto porcentual na próxima semana, mesma magnitude da alta de juros ontem pelo Fed. Segundo cálculos do Haitong Banco de Investimentos, a curva precificava alta de 25 pontos-base para a Selic em junho, ou 100% de probabilidade de avanço da taxa básica para 6,75%.
Analistas, porém, garantem que a projeção para a Selic ainda é de manutenção no nível de 6,5% ao ano na reunião de junho mesmo com o Fed mais "hawkish". A divergência é sobre se a pressão sobre o dólar vai ou não forçar o Banco Central a antecipar o início do ciclo de aperto monetário.
Às 9h40min desta quinta-feira, o DI para janeiro de 2019 caía a 7,185%, de 7,236% no ajuste de quarta. O DI para janeiro de 2020 indicava 8,81%, de 8,88% no ajuste da véspera. E o DI para janeiro de 2023, 11,21%, de 11,35% no ajuste anterior. No câmbio, o dólar à vista caía 0,56% neste horário, aos R$ 3,6948. O dólar futuro de julho recuava 0,70%, aos R$ 3,70. Em Nova Iorque, o juro da T-Note 10 anos estava a 2,9410, ante 2,978% no fim da tarde de quarta.
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