Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 14 de Junho de 2018 às 01:00

Mais de 60% dos reajustes salariais superaram o INPC

Resultado sugere melhora para o empregado nas negociações em 2017

Resultado sugere melhora para o empregado nas negociações em 2017


/FLAVIA DE QUADROS/ARQUIVO/JC
Cerca de 63% dos reajustes salariais de 2017 implicaram ganhos reais aos trabalhadores, aponta balanço do Departamento Intersindical Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgado ontem.
Cerca de 63% dos reajustes salariais de 2017 implicaram ganhos reais aos trabalhadores, aponta balanço do Departamento Intersindical Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgado ontem.
Segundo o instituto, o dado sugere uma ligeira melhora para o empregado no quadro das negociações salariais em relação aos dois anos anteriores, marcados pela recessão econômica. Em 2015, metade dos reajustes ficaram acima da inflação do período, e, em 2016, apenas 18,3%.
O desempenho do ano passado, no entanto, ainda está distante dos números observados entre 2006 e 2014 - nesse último ano antes do aprofundamento da crise, 90,3% dos reajustes chegaram a ter ganho real.
"Esse desempenho contrariou as expectativas de que seria possível retomar os patamares de reajustes com ganhos reais pré-crise econômica, tanto em razão dos baixos índices inflacionários verificados quanto da perspectiva de recuperação da economia", diz o Dieese no relatório.
Mais da metade (216 em 407) dos reajustes superiores à inflação do ano passado - considerando como referência o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) - registraram ganhos de até 0,5%. Quase 80% (319 em 407), de até 1%.
Em 2017, o INPC foi de 2,07%, a menor taxa desde a implantação do Plano Real, em 1994.
Foram analisados, em 2017, os reajustes salariais de 643 unidades de negociação de trabalhadores em indústria, comércio e serviços - tanto no setor privado como em empresas estatais -, em todo o território nacional.
Entre os setores considerados no estudo, a indústria foi o que apresentou desempenho menos favorável em 2017 ao trabalhador. Cerca de 58% dos reajustes salariais negociados no setor resultaram em ganhos reais acima do INPC, contra 63% dos firmados no comércio e 70% em serviços.
O Dieese avalia que a reposição do valor real dos salários, em 2018, não deve ser o maior entrave das negociações entre categorias e empresas, dadas as baixas taxas inflacionárias, mas sim incertezas jurídicas pela nova lei trabalhista, em vigor desde novembro do ano passado.
"As negociações coletivas de 2017 foram - e, ao que tudo indica, as de 2018 também serão - praticadas em um ambiente econômico desfavorável, agravado pelas incertezas causadas pelas mudanças na legislação trabalhista, que impactam fortemente a jurisdição do trabalho", afirmou o departamento.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO