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Economia

- Publicada em 13 de Junho de 2018 às 01:00

População vê necessidade de reforma da Previdência

INSS é principal fonte de renda na fase de aposentadoria para 76%

INSS é principal fonte de renda na fase de aposentadoria para 76%


MARCELO G. RIBEIRO/JC/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Apesar da desistência do governo em aprovar a reforma da Previdência antes das eleições de outubro, eleitores apontam que o tema não deve sair do radar no debate eleitoral. Pesquisa encomendada pela FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada) ao Instituto Ipsos aponta que 43% dos brasileiros dizem que será necessário fazer uma reforma da Previdência no futuro, e 49% acreditam que o assunto deve ser tratado pelo novo presidente.
Apesar da desistência do governo em aprovar a reforma da Previdência antes das eleições de outubro, eleitores apontam que o tema não deve sair do radar no debate eleitoral. Pesquisa encomendada pela FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada) ao Instituto Ipsos aponta que 43% dos brasileiros dizem que será necessário fazer uma reforma da Previdência no futuro, e 49% acreditam que o assunto deve ser tratado pelo novo presidente.
A maioria (51%), no entanto, avalia que o sistema previdenciário brasileiro é sustentável - apenas 28% consideram que o modelo vigente não se sustenta ao longo do tempo; 21% não têm opinião formada sobre o assunto.
Segundo Edson Franco, presidente da FenaPrevi, há uma aparente incoerência entre a porcentagem de quem acredita que a reforma é necessária e o número de pessoas que entendem que o INSS é sustentável. "Parece haver um problema de comunicação. O que as pessoas entendem por sustentabilidade? Ao mesmo tempo, falou-se tanto sobre o tema que uma parcela se convenceu de que é preciso fazer algo. Pesquisas anteriores mostravam que poucas pessoas tinham ouvido falar sobre a reforma. Esse quadro mudou", afirma.
Franco ressalta, no entanto, que os brasileiros continuam divididos sobre o assunto. "Temos a maioria das pessoas (43%) acreditando que a reforma é necessária, mas não é uma diferença esmagadora para os 38% que consideram que ela não é, além dos 19% que ainda não têm opinião", diz.
A percepção de que há equilíbrio no INSS é maior entre os mais escolarizados: 52% dos entrevistados com Ensino Superior têm essa opinião. Entre pessoas sem nenhum grau de instrução, a porcentagem cai para 30%.
"Há um alto nível de desinformação na sociedade. Falhamos em passar a mensagem adequada ao público. Para 53%, o sistema de previdência pública deve se manter com os próprios recursos. Isso demonstra que as pessoas não entendem o tamanho e a importância do déficit que existe hoje na Previdência, que deve chegar a R$ 200 bilhões só neste ano", afirma.
Outros 31% dos entrevistados afirmaram que o INSS deve ser mantido com verbas reservadas para outras áreas do orçamento do governo. "Dadas as questões demográficas de envelhecimento da população e projeções atuariais futuras, esse gasto da Previdência vai tirar dinheiro de saúde, educação, infraestrutura", diz Franco.
Apenas 15% dos entrevistados apontaram que a origem dos rombos na Previdência está no modelo atual das aposentadorias e no envelhecimento da população. Para 75%, o maior problema do INSS é a corrupção e o desvio de verbas.
Mais da metade dos entrevistados (51%) afirmou que quer se aposentar até 64 anos. A proposta do governo para a reforma, no entanto, elevava a idade mínima para 65 anos (homens) e 62 (mulheres). Só 20% aceitam se aposentar com mais de 65 anos.
Quanto maior o grau de instrução dos entrevistados, maior a resistência: 19% dos indivíduos com apenas Ensino Fundamental aceitariam se aposentar com 65 anos, enquanto esse valor cai para 9% das pessoas com Ensino Superior.
Apesar de quererem se apontar mais cedo, 43% dos entrevistados disseram que planejam seguir trabalhando após a aposentadoria para garantir o sustento. O INSS foi apontado como principal fonte de renda na fase de aposentadoria por 76% dos brasileiros - 80% das pessoas da classe C (renda média familiar de R$ 2.268,46) declararam que dependem muito ou totalmente da aposentadoria pública.
A pesquisa mostrou que 60% dos brasileiros acham necessário ter um plano de previdência complementar. A preocupação é maior entre pessoas com 25 e 34 anos, 63% declararam ser totalmente necessário ou necessário ter esse tipo de plano.
O estudou ouviu 1,2 mil pessoas, de 16 a 60 anos, de 72 municípios, durante o mês de abril.
 
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