As taxas de juros de seis linhas de crédito ao consumidor foram reduzidas em maio pela terceira vez consecutiva. Segundo levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), a taxa média para pessoa física apresentou uma redução de 0,12 ponto percentual no mês passado, caindo de 7,20% ao mês (130,32% ao ano) em abril para 7,08% (127,25% ao ano). É a menor taxa de juros desde julho de 2015.
Os juros do comércio caíram de 5,35% ao mês para 5,30%. No cartão de crédito, a taxa recuou de 12,39% para 12,02%. No cheque especial, caiu de 12,09% para 12,03%. O Crédito Direto ao Consumidor (CDC) nos bancos passou de 1,91% para 1,89%, e o empréstimo pessoal dos bancos caiu de 4,08% para 4,02%. Nas financeiras, a taxa do empréstimo pessoal recuou de 7,36% para 7,24%.
Em fevereiro, as taxas tinham sido elevadas, mesmo com o Banco Central reduzindo a taxa Selic, que baliza os juros do mercado. A redução dos juros pode ser atribuída, segundo a Anefac, entre outros fatores, ao elevado patamar do spread cobrado pelos bancos, possibilitando a redução na ponta do consumidor. Em abril, também entrou em vigor a redução dos depósitos compulsórios feitos pelos bancos ao Banco Central. Também a queda da inadimplência contribui para baixar os juros.
Também para as empresas os juros das linhas de crédito caíram. A taxa média para pessoa jurídica, em maio, recuou 0,10 ponto percentual, passando de 4,04% ao mês (60,84% ao ano) para 3,94% (59% ao ano), o menor valor desde março de 2015. Desde março de 2013, a Selic caiu 0,75 ponto percentual, de 7,25% ao ano para 6,5%. No mesmo período, a taxa de juros para pessoa física apresentou uma elevação de 39,28 pontos percentuais, de 87,97% ao ano em março de 2013 para 127,25% ao ano no mês passado. Nas operações de crédito para pessoa jurídica, o juro teve uma elevação de 15,42 pontos percentuais, de 43,58% ao ano para 59%.
Caixa eleva limite de financiamento de imóveis para servidor público
A Caixa Econômica Federal anunciou ontem o aumento da cota de financiamento de imóveis usados para servidores públicos com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) de 70% para 80%.
Segundo o banco, a alteração faz parte de uma estratégia que tem objetivo de beneficiar um segmento de clientes que possui baixa inadimplência e relacionamento de longo prazo com o banco. A Caixa possui cerca de R$ 43,2 bilhões em contratos com servidores públicos em todo País.
Para o presidente da Caixa, Nelson Antônio de Souza, o aumento da cota de financiamento do imóvel contribui para estimular o mercado imobiliário. "Antes reduzimos a taxa de juros dos imóveis, agora estamos oferecendo para os clientes que possuem a menor inadimplência da nossa carteira, o servidor público, condições ainda melhores para a compra do imóvel usado", explica Souza.
Em abril, a Caixa reduziu em até 1,25 ponto percentual as taxas de juros do crédito imobiliário utilizando recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). As taxas mínimas passaram de 10,25% ao ano (a.a.) para 9% ao ano, no caso de imóveis dentro do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), e de 11,25% a.a. para 10% ao ano, para imóveis enquadrados no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).