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Economia

- Publicada em 11 de Junho de 2018 às 22:32

Macri quer cortar até 25% dos cargos de 86 órgãos

Estado gasta mais do que recebe, afirmou presidente argentino

Estado gasta mais do que recebe, afirmou presidente argentino


/ARGENTINE PRESIDENCY/AFP/JC
Mal colocou os pés na Argentina, após participar da reunião do G-7, a convite do primeiro-ministro Justin Trudeau, no Canadá, o presidente Mauricio Macri prepara o anúncio de corte de até 25% dos cargos de 86 órgãos públicos, que deve acontecer nos próximos dias. A medida seria a primeira para cumprir com os requisitos impostos pelo FMI para que o país possa receber o apoio de "stand up" de US$ 50 bilhões, anunciado na semana passada.
Mal colocou os pés na Argentina, após participar da reunião do G-7, a convite do primeiro-ministro Justin Trudeau, no Canadá, o presidente Mauricio Macri prepara o anúncio de corte de até 25% dos cargos de 86 órgãos públicos, que deve acontecer nos próximos dias. A medida seria a primeira para cumprir com os requisitos impostos pelo FMI para que o país possa receber o apoio de "stand up" de US$ 50 bilhões, anunciado na semana passada.
Macri, que viajou ao Canadá porque será o anfitrião do G-20 em Buenos Aires, no final do ano, aproveitou para reunir-se com Christine Lagarde e outros líderes, a quem explicou o acordo com o FMI e as medidas que serão tomadas.
Em fevereiro, o presidente argentino já havia anunciado o corte de 25% dos empregados da estrutura da administração do Executivo e de todos os parentes diretos de ministros e cargos de confiança. Agora, a faca deve passar pelo Pami (o SUS local), a Anses (agência de previdência do Estado) e a Afip (que corresponde à Receita Federal). Ainda não se conhece a totalidade das instituições que entrariam no corte, mas o jornal La Nación afirma que podem estar incluídos o Conicet (entidade de pesquisa acadêmica), a Enargas e a Enre (entes reguladores da distribuição de gás e energia), o Instituto Nacional de Teatro e a Biblioteca Nacional, entre outros.
Ao retornar a Buenos Aires, Macri disse que o encontro com os líderes internacionais foi positivo e que há apoio ao pedido de ajuda ao FMI. "Acudimos ao Fundo para poder ter previsibilidade, este será um caminho longo, e hoje temos um Estado que gasta mais do que recebe", disse ontem.
Os cortes fazem parte da necessidade de diminuir o déficit fiscal, segundo o acordado com o FMI. Hoje, ele é de 2,7% do PIB, e a meta imposta pela instituição é que chegue 1,3% do PIB até o fim do ano.
Esta será uma semana definitiva para os rumos da economia argentina. Enquanto finaliza o programa de cortes a ser anunciado, o ministro do Trabalho, Jorge Triaca, e outros negociadores do governo tentam conter os sindicatos, principalmente o dos caminhoneiros, que decidem amanhã se haverá ou não uma greve geral, "nos moldes da que houve no Brasil", nas palavras do líder sindical Hugo Moyano, a partir de quinta-feira.
Os sindicalistas pedem que as negociações paritárias, que decidem o teto de quanto cada categoria pode ter de aumento por ano sejam reabertas. Afinal, neste ano, este foi estabelecido em 15%, que era a meta da inflação para este ano. Tanto economistas como o governo já consideram este número fictício. O governo ofereceu outros 5%, chegando a 20%. Ainda assim, os salários ficariam abaixo da inflação, que fechou 2017 com 27,3%. Hoje, os sindicatos devem se reunir para decidir se param ou não.
Se a greve geral for confirmada, quem tem viagem programada para a Argentina nos próximos dias deve procurar sua empresa aérea e confirmar se os voos estão confirmados, pois podem haver alterações.
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