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Comércio Exterior

- Publicada em 11 de Junho de 2018 às 23:50

Exportações gaúchas caem 0,8% em maio

A greve dos caminhoneiros e a crise cambial da Argentina, principal destino de produtos manufaturados do Estado, afetaram fortemente as exportações gaúchas em maio, segundo relatório divulgado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).
A greve dos caminhoneiros e a crise cambial da Argentina, principal destino de produtos manufaturados do Estado, afetaram fortemente as exportações gaúchas em maio, segundo relatório divulgado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).
Mesmo com o bom desempenho das commodities - alta de 13,4%, em um total de US$ 812 milhões -, o valor embarcado pela indústria de transformação (US$ 940 milhões) foi 10,6% menor no mês, em comparação ao mesmo período de 2017. Já para o país vizinho, a redução foi de 22,2%. Como consequência dessas dificuldades, as exportações totais do Rio Grande do Sul também tiveram queda: 0,8%, totalizando US$ 1,77 bilhão.
"O Rio Grande do Sul deixou de faturar mais de US$ 271 milhões com as exportações por conta da paralisação dos caminhoneiros. Mesmo que parte das mercadorias ainda possa ser comercializada com o exterior nas próximas semanas, existem custos arcados pelo nosso setor de difícil mensuração, como frete, acomodação dos bens, multas, perda de credibilidade junto aos mercados consumidores, entre outros", explica o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry.
Entre os 23 subsegmentos que registraram alguma operação de exportação em maio, 18 registraram queda. Essa elevada dispersão de resultados negativos não era vista desde abril de 2016, em um dos piores momentos da crise econômica do Brasil. As principais influências negativas foram de químicos (-38,4%), couro e calçados (-34,9%), tabaco (-25,6%), alimentos (-7%) e máquinas e equipamentos (-31,7%). O setor secundário só não caiu mais por conta do desempenho de celulose e papel, que cresceu 200%.
As importações totais, por sua vez, subiram 11,7% no Estado, fechando em US$ 789 milhões. Bens intermediários (23,2%), combustíveis e lubrificantes (19,7%) e bens de capital (5%) aumentaram, enquanto bens de consumo caíram 18,9%.
No acumulado do ano, entre janeiro e maio, as exportações gaúchas foram de US$ 9,19 bilhões, o que representa alta de 39% em relação ao mesmo período de 2017. Desse total, a indústria foi responsável por US$ 6,83 bilhões, elevação de 45,8%.
Os melhores resultados vieram de outros equipamentos de transporte (19.300%), celulose e papel (114%), tabaco (65,9%) e máquinas e equipamentos (47,9%). A categoria de químicos (-13,1%) registrou a perda mais significativa.
O valor das mercadorias que deixaram de ser embarcadas no mês passado em nível nacional por conta da greve dos caminhoneiros alcançou US$ 2,94 bilhões, segundo estimativa da Unidade de Estudos Econômicos da Fiergs. Se convertido pela taxa de câmbio vigente no momento, da ordem de R$ 3,80, o total foi de R$ 11,2 bilhões. Desse montante, coube ao Rio Grande do Sul arcar com US$ 271 milhões (R$ 1,03 bi).
JC

Superávit comercial baixa US$ 6,1 bilhões em um ano

A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 914 milhões nas duas primeiras semanas de junho, resultado de US$ 4,849 bilhões em exportações e de US$ 3,935 bilhões em importações. No acumulado do ano, houve um saldo positivo de US$ 25,088 bilhões, valor inferior ao contabilizado no mesmo período de 2017, quando as vendas externas superaram as compras no exterior em US$ 31,247 bilhões. Ou seja, houve uma queda de US$ 6,159 bilhões no período de um ano.
No mês, a média diária exportada, de US$ 808,2 milhões, caiu 14,2% em relação a junho de 2017, devido, principalmente, à queda nas vendas de semimanufaturados e produtos básicos. As maiores reduções ocorreram nos embarques de açúcar em bruto, ouro, celulose, petróleo em bruto, carnes bovina e de frango, farelo de soja e minério de ferro.
Já os produtos manufaturados tiveram um aumento de 4,5% nas exportações. Destacaram-se óxidos e hidróxidos de alumínio, reboques, semirreboques e partes, máquinas e aparelhos de terraplanagem, tubos flexíveis de ferro/aço e obras de mármore e granito.
Nas importações, a média diária, de US$ 655,8 milhões, ficou 9,3% acima da média de junho do ano passado. Nesse comparativo, aumentaram os gastos, principalmente, com químicos orgânicos e inorgânicos (46,7%), farmacêuticos (45,0%), equipamentos eletroeletrônicos (25,7%), automóveis e partes (24,5%) e equipamentos mecânicos (14,2%).
Na comparação com a média exportada em maio deste ano (US$ 916,2 milhões), houve queda de 11,8%, em razão da redução nas vendas de produtos básicos (-33,4%) e semimanufaturados (-7,8%), enquanto as vendas de manufaturados tiveram alta de 30%.
A primeira semana de junho (de 1 a 3), com apenas um dia útil, registrou superávit de US$ 333 milhões, resultado de exportações de US$ 738 milhões menos importações de US$ 404 milhões. Na segunda semana do mês (de 4 a 10), o saldo comercial foi positivo em US$ 581 milhões.