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Economia

- Publicada em 10 de Junho de 2018 às 23:50

Analistas projetam semana com mais tensão entre investidores

Ruschel aponta que o fator político-eleitoral continua a rondar as expectativas do mercado

Ruschel aponta que o fator político-eleitoral continua a rondar as expectativas do mercado


HENRIQUE KELLER/DIVULGAÇÃO/JC
Patrícia Comunello
Depois do "estresse e turbulência", como definem analistas, a semana que começa hoje para o mercado financeiro pode trazer mais nervosismo. O fator político-eleitoral lidera as percepções de reações como queda em ações e um dólar que pode voltar a subir, mesmo depois da atuação do Banco Central (BC) para acalmar a moeda, que beirou os R$ 4,00 na quinta-feira passada. A B3 fechou com queda em 1,23% na sexta-feira, indicando que a intervenção do BC não foi suficiente para neutralizar os riscos que estão no ar. 
Depois do "estresse e turbulência", como definem analistas, a semana que começa hoje para o mercado financeiro pode trazer mais nervosismo. O fator político-eleitoral lidera as percepções de reações como queda em ações e um dólar que pode voltar a subir, mesmo depois da atuação do Banco Central (BC) para acalmar a moeda, que beirou os R$ 4,00 na quinta-feira passada. A B3 fechou com queda em 1,23% na sexta-feira, indicando que a intervenção do BC não foi suficiente para neutralizar os riscos que estão no ar. 
"A semana foi bastante tumultuada para o mercado brasileiro. Após a paralisação dos caminhoneiros, e um clima político negativo e polarizado, ficou mais claro o ambiente de risco", diz Leandro Ruschel, diretor da Liberta Global. No campo político, a incerteza sobre as chances de um candidato de centro brigar para ir a um segundo turno é um dos ingredientes que influenciam as expectativas. Ruschel avalia que o mercado reagiu de maneira "mais exacerbada, o que explica a queda significativa nas ações e a alta forte do dólar".
O analista lembra que a postura mais contundente do BC na quinta-feira, que fez a moeda recuar, pode ter efeito, mas não por muito tempo. "Isso mostrou que o mercado respeita (o BC) e sentiu a pressão." Para Ruschel, as condições de instabilidade persistem, e ele não vê mudança no cenário eleitoral. No mercado internacional, a valorização dos papéis norte-americanos e uma economia aquecida podem elevar os juros do país, o que geraria mais dificuldades para a economia brasileira. "Nesta semana, podemos ter correção de ações, subindo mais, e já vemos também ajuste no dólar e juros futuros." 
Carlos Müller, analista-chefe da Geral Investimentos, reforça que a bolsa enfrentou dias de estresses intensos, que podem estar ligados à fraqueza do governo, incertezas políticas e dólar. "É resultado de uma série de incertezas que já vinham aparecendo. Justamente por não ter nenhuma 'novidade', e a bolsa já vir de quedas, vejo essa queda de quinta-feira como forte demais", diz Müller. Na quinta, o Ibovespa fechou o dia com queda de 2,98%, mas ao longo do dia chegou a recuar 6,51%.
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