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ARTES CÊNICAS

- Publicada em 14 de Junho de 2022 às 18:57

Mônica Martelli promove um exercício de autoconhecimento em 'Minha vida em Marte'

Mônica Martelli estreia nova temporada de Minha vida em Marte com três sessões no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre, na sexta-feira e no sábado

Mônica Martelli estreia nova temporada de Minha vida em Marte com três sessões no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre, na sexta-feira e no sábado


/RODRIGO PEIXOTO/DIVULGAÇÃO/JC
Lara Moeller Nunes
Munida de experiências pessoais e convicta da importância de abrir espaço para discussões sobre o empoderamento feminino, Mônica Martelli estreia em Porto Alegre a nova temporada do espetáculo Minha vida em Marte. A comédia, que já virou filme e é sequência da peça Se os homens são de Marte…É pra lá que eu vou (de 2005), terá três sessões na capital gaúcha, sendo duas no dia 17 (sexta-feira), às 18h e às 21h, e uma no dia 18 (sábado), às 21h, todas no Teatro do Bourbon Country (Av. Túlio de Rose, 80). Novo Hamburgo também receberá uma exibição no dia 19 (domingo), às 19h, no Teatro Feevale (RS-239, 2.755 - Novo Hamburgo). Ingressos à venda na plataforma Uhuu.
Munida de experiências pessoais e convicta da importância de abrir espaço para discussões sobre o empoderamento feminino, Mônica Martelli estreia em Porto Alegre a nova temporada do espetáculo Minha vida em Marte. A comédia, que já virou filme e é sequência da peça Se os homens são de Marte…É pra lá que eu vou (de 2005), terá três sessões na capital gaúcha, sendo duas no dia 17 (sexta-feira), às 18h e às 21h, e uma no dia 18 (sábado), às 21h, todas no Teatro do Bourbon Country (Av. Túlio de Rose, 80). Novo Hamburgo também receberá uma exibição no dia 19 (domingo), às 19h, no Teatro Feevale (RS-239, 2.755 - Novo Hamburgo). Ingressos à venda na plataforma Uhuu.
Abordando as angústias, alegrias, encontros e desencontros que atravessam os casamentos, a artista e roteirista constrói um monólogo bem-humorado que dá continuidade à história da protagonista Fernanda, que vivia em busca do amor. Agora, casada e com uma filha de cinco anos, ela procura respostas que façam seu relacionamento sobreviver a uma crise. É na terapia que ela narra e revive as turbulências do convívio diário, expõe assuntos íntimos e questiona a falta de afeto com o companheiro de quase uma década.
"Escrevo o que vivo e sinto. É sempre um exercício de autoconhecimento. Ao mesmo tempo em que a Fernanda tem muito de mim, ela também reflete a história de muitas outras mulheres. Acho que o sucesso da peça está nisso: a verdade em cena", diz.
Apesar de sabermos racionalmente que a vida é feita de ciclos (e que tudo tem início, meio e fim), todo mundo casa desejando que dure para sempre. "Fernanda é otimista, acredita no amor e se joga sem freios. Mas ela é uma mulher que rompe padrões e não atura qualquer coisa só para manter um relacionamento. Ela se ama acima de tudo", explica Mônica que, assim como a personagem, também já enfrentou as dores de uma separação.
Para ela, umas das maiores problemáticas do tema está no fato de o divórcio ser visto, muitas vezes, como sinônimo de fracasso. "Vivemos em uma sociedade machista que não aceita a falha, principalmente das mulheres. Então a culpa sempre é atribuída a elas", pontua. Para ela, isso reforça a importância de trazer discussões feministas para cima do palco. O empoderamento cresceu muito nos últimos anos, e isso com certeza mexeu com as relações, pois as mulheres agora possuem muito mais consciência dos seus direitos enquanto cidadãs. "Nada mais libertador do que a gente conseguir identificar nossos desejos e ter persistência para ir ao encontro deles. A Fernanda luta pelo casamento mas não tolera tudo em nome de um projeto utópico de família feliz. Ser feminista é uma postura diária."
Em cartaz desde 2017, a peça se mantém atual mesmo com as transformações nas dinâmicas das relações. Apesar da passagem do tempo, continuamos criando expectativas que nunca serão correspondidas e continuamos idealizando pessoas e situações que não existem. A pandemia chegou para potencializar isso ainda mais. Com o isolamento, muitos casais se viram obrigados a conviver diariamente e, consequentemente, precisaram aprender a lidar com questões que antes pareciam insignificantes. "As relações são construídas em cima da realidade. A partir do momento que ela muda, tudo ao redor se transforma também", reflete.
Apesar de sempre ter interpretado a personagem sozinha em cima dos palcos, no audiovisual Mônica teve a oportunidade de contracenar com o prestigiado humorista Paulo Gustavo, falecido em maio do ano passado em decorrência de complicações da Covid-19. Unidos em cena, e também fora dela, os dois começaram a projetar o roteiro da sequência do longa ainda durante a pandemia, em reuniões pelo Zoom. A tragédia fez com que os planos mudassem no meio do caminho, mas a artista garante que Minha vida em Marte 2 logo chegará aos cinemas, mostrando o luto de Fernanda depois da perda do melhor amigo.
"A morte do Paulo ainda me causa muita perplexidade. A obra dele está aí, mas o amigo que me ligava dez vezes por dia para trocar ideia e pedir opinião não está mais. É um baque muito grande e ainda dói bastante, mas sei que ele falaria 'vai Mônica, vai!'"
 
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