Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

MÚSICA

- Publicada em 25 de Maio de 2022 às 19:18

Orquestra de Câmara da Ulbra traz erudito com sabor de rock gaúcho

Terceira edição do espetáculo 'Clássicos do Rock Gaúcho', com a Orquestra de Câmara da Ulbra, acontece neste domingo, no Auditório Araújo Vianna

Terceira edição do espetáculo 'Clássicos do Rock Gaúcho', com a Orquestra de Câmara da Ulbra, acontece neste domingo, no Auditório Araújo Vianna


/FERNANDA CHEMALE/DIVULGAÇÃO/JC
Lara Moeller Nunes
A fusão do erudito com o popular tem ganhado cada vez mais espaço no repertório das orquestras. O resultado dessa junção tem como consequência o aumento da procura e do interesse por concertos. Foi pensando nessa aproximação com o público que a Orquestra de Câmara da Ulbra criou em 2001 uma série de apresentações para contemplar os mais variados estilos musicais, como MPB, regional, pop, rock, soul, chorinho e instrumental. Dessa iniciativa, surgiu em 2012 o Clássicos do Rock Gaúcho, que agora completa 10 anos do show de estreia.
A fusão do erudito com o popular tem ganhado cada vez mais espaço no repertório das orquestras. O resultado dessa junção tem como consequência o aumento da procura e do interesse por concertos. Foi pensando nessa aproximação com o público que a Orquestra de Câmara da Ulbra criou em 2001 uma série de apresentações para contemplar os mais variados estilos musicais, como MPB, regional, pop, rock, soul, chorinho e instrumental. Dessa iniciativa, surgiu em 2012 o Clássicos do Rock Gaúcho, que agora completa 10 anos do show de estreia.
Para celebrar esse marco, o Auditório Araújo Vianna (Av. Osvaldo Aranha, 685) irá receber neste domingo (29), às 19h, mais uma edição do espetáculo. Ingressos na plataforma Sympla e na Loja Planeta Surf do Bourbon Wallig (Av. Assis Brasil, 2.611), com valores entre R$ 55,00 e R$ 130,00.
"Já tínhamos feito concertos de rock internacional e nacional, então chegamos à conclusão de que estava na hora de fazer um com os clássicos gaúchos. O nosso rock foi muito forte nos anos de 1980 e 1990, então nada melhor do que poder contemplar o pessoal da nossa terra e do nosso circuito artístico", conta o maestro Tiago Flores. O repertório do primeiro show foi montado por ele em parceria com Luís Pedro Ferreira, diretor da Dana, e Jimi Joe, músico porto-alegrense.
Na setlist, buscaram a representatividade e a variedade presente dentro do gênero, priorizando artistas que ainda não haviam tocado com a instituição. "Infelizmente não tínhamos como colocar todo mundo, então demos prioridade para aqueles que ainda não tinham ganhado destaque na orquestra. Nenhum de Nós e Papas da Língua, por exemplo, já tinham apresentações próprias com a gente, então decidimos deixar de fora dessa primeira seleção."
Hoje, a terceira edição do concerto conta com mais de 15 músicos convidados, entre veteranos e novidades: Carlo Pianta, Edu K, Frank Jorge, Jimi Joe, Julia Barth, Julio Reni, King Jim, Nei Lisboa, Nei Van Soria, Pedro Verissimo, Petraco, Rafael Malenotti, Tonho Crocco, Wander Wildner, além de um quarteto vocal formado por Atos Flores, Beatriz Domingues, Débora Dreyer e Iuri Correa. Luciano Albo (guitarra) e Marquinhos (bateria) também integram o espetáculo.
Além disso, das 16 faixas apresentadas, três serão interpretadas pela primeira vez: Sob um céu de blues, Fim de tarde com você e Berlim Bonfim. O trio, assim como todas as outras músicas selecionadas, receberá um arranjo novo e exclusivo para a ocasião, misturando características da música clássica com o rock regional. Sucessos como Campo minado, Amigo punk, Amor e morte, Surfista Calhorda, Irmã do Doctor Robert, Sandina e Bebendo vinho também estarão presentes.
"Sei que muitas das pessoas que vão ir no show estarão vendo uma orquestra pela primeira vez. A sacada de juntar o erudito com o popular ajuda a desmistificar essa história de que a música clássica é só para a elite. A iniciativa acaba servindo para quebrar esse tipo de barreira. Conheço muitos relatos de pessoas que começaram a nos acompanhar ativamente depois de assistirem concertos populares, então sei que funciona como uma boa porta de entrada para esse universo", reflete o maestro.
Para ele, reunir todos esses grandes nomes da cena artística do Rio Grande do Sul em um único show é uma verdadeira celebração do rock. "Todo mundo consegue curtir e vibrar uns com os outros. A música deve ser assim, não é uma competição. Ninguém precisa perder para o outro ganhar. É um ambiente onde devemos e precisamos somar forças."
Os próprios músicos que integram a orquestra dizem ter total consciência da importância dessa fusão de estilos, enxergando o momento ainda como uma oportunidade de descontração e relaxamento com o grupo. "Já passou do tempo de classificarmos os gêneros musicais dentro de caixinhas fechadas. Todas as orquestras têm buscado incorporar novos estilos nos seus repertórios. Aquelas que não fazem isso, estão apanhando no mercado. Temos que estar atentos ao que está acontecendo no mundo. São novos tempos."
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO