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Artes Visuais

- Publicada em 24 de Maio de 2022 às 16:51

Obras de arte participativas ganham destaque na 13ª Bienal do Mercosul

Coletiva de imprensa para divulgação da lista oficial de artistas do evento ocorreu na manhã desta terça-feira (24)

Coletiva de imprensa para divulgação da lista oficial de artistas do evento ocorreu na manhã desta terça-feira (24)


LUIZA PRADO/JC
Adriana Lampert
O impacto psicológico que cada indivíduo sofre a partir de experiências globais coletivas inspirou as criações que integram o repertório de artes visuais da 13º Bienal do Mercosul. Este ano, o evento retorna ao presencial propondo a reflexão sobre Trauma, Sonho e Fuga e irá contar com um número expressivo de intervenções participativas, em produções que ampliam a relação do público com a obra. 
O impacto psicológico que cada indivíduo sofre a partir de experiências globais coletivas inspirou as criações que integram o repertório de artes visuais da 13º Bienal do Mercosul. Este ano, o evento retorna ao presencial propondo a reflexão sobre Trauma, Sonho e Fuga e irá contar com um número expressivo de intervenções participativas, em produções que ampliam a relação do público com a obra. 
De 15 de setembro a 20 de novembro, serão expostos trabalhos de pelo menos 93 artistas (já confirmados), de mais de 20 países, em nove espaços culturais de Porto Alegre. A expectativa é de que 800 mil pessoas prestigiem o conjunto de mostras.
"Ao contrário do que pode parecer, a temática deste ano não é (ou não se limita a ser) sobre a pandemia de Covid-19, mas, se propõe a ser uma imersão por meio dos sentidos e da percepção às vivências traumáticas que afetam os sonhos e a estratégia de vida das pessoas", observa o curador-geral desta edição, Marcello Dantas. "Entra nesse lugar do lírico e do imaginário, para instigar a reflexão de como tudo isso se imprime em cada um de nós." 
Dantas contou com o apoio dos curadores adjuntos Tarsila Riso, Laura Cattani, Munir Klamt e Carollina Lauriano para organizar a disposição das obras, que serão expostas no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), no Memorial do Rio Grande do Sul, no Farol Santander Porto Alegre, na Fundação Iberê Camargo, na Usina do Gasômetro – interligada aos Armazéns do Cais do Porto –, na Casa de Cultura Mario Quintana, no Instituto Ling e no Instituto Caldeira.
As informações sobre a programação já confirmada foram divulgadas nesta terça-feira (24) em uma coletiva à imprensa, que, além de Dantas, contou com a presença da presidente da 13º Bienal do Mercosul, Carmen Ferrão, e da curadora pedagógica do evento, Germana Konrath.
"Mais do que democrática e inclusiva, esta Bienal trará inovação e tecnologia, além de apresentar novos talentos e espaços da cidade a quem nos visitar. Meu desejo é levar a arte contemporânea para todos", pontou Carmen. A presidente desta edição do evento também destacou a importância do tema deste ano. "Propõe um debate profundo, que impulsiona a criação artística contemporânea para um novo território."
Artistas como o catalão Jaume Plensa, o mexicano-canadense Rafael Lozano-Hemmer, o britânico radicado em Berlim Tino Sehgal, a pioneira da arte performática Marina Abramovic e a artista e arte-terapeuta Lygia Clark compõem a lista formada por mais de 90 artistas selecionados para a Bienal. Carmen anunciou que este ano a Bienal também contará com um núcleo histórico de obras de outras edições, no Memorial do Rio Grande do Sul. 
"Seven Deaths, de Marina Abramovic, que recria cenas de mortes da cantora Maria Callas, será exposta no Margs; e os trechos do diário clínico de Lygia Clark, enquanto arteterapeuta, serão compartilhados pela primeira vez", exemplificou Dantas. Vencedor do Prêmio Velázquez de Artes em 2013, Jaume Plensa – um dos "escultores contemporâneos de maior relevância", segundo o curador-geral desta edição do evento – terá mostra individual na Fundação Iberê Camargo. "Com obra inédita, a exposição reúne criações autorais de Plensa, todas baseadas na dimensão do homem e em sua relação com o meio ambiente."
Dantas ainda ressaltou a "alta qualidade das propostas apresentadas" pelos 20 projetos selecionados (de um total de 900 inscritos) para a criação de obras comissionadas pelo evento. Dentre estes artistas e coletivos, 15 são brasileiros e outros quatro são da Argentina, do Uruguai, do Peru, da Bolívia e dos Estados Unidos. O curador-geral afirma que um dos destaques é o projeto colaborativo do artista mexicano Pedro Reyes, Hypnopedia. "É uma espécie de enciclopédia de sonhos, onde o público participa registrando em áudio suas memórias oníricas a partir de linguagens diversas, que posteriormente serão transformadas em filme".
A Usina do Gasômetro será ocupada por instalações de artistas latino-americanos que, por meio de ocupações simbólicas, atuando em zonas limítrofes e com atrito entre elas, "revelam a tensão deste momento", observa Dantas. O curador-geral ainda pontua "a presença grande de uma ideia labiríntica" nas obras que serão apresentadas. "Dentre as novidades, haverá novas mídias, não somente tecnológicas, mas também biodinâmicas, com a colaboração de outras espécies, a exemplo da instalação do artista Zé Bento, feita de cilindros de oxigênio produzidos com as madeiras do Brasil."
O evento promove ainda cursos, oficinas e workshops para aproximar artistas e público, e também deve surpreender com a intervenção proposta por Tino Sehgal, reconhecido mundialmente por suas performances de situações construídas. Para esta edição ele traz This Element, que ocorrerá em diferentes espaços expositivos da Bienal, com a participação de seguranças e mediadores das mostras, quebrando a formalidade do evento, através de uma performance sonora conjunta. 
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