Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Livros

- Publicada em 18 de Maio de 2022 às 09:35

Mercado editorial encolhe, mas digital cresce 12% em 2021

As editoras faturaram R$ 5,8 bilhões em 2021 - R$ 3,9 bilhões em vendas para o mercado e R$ 1,9 bilhão para o governo

As editoras faturaram R$ 5,8 bilhões em 2021 - R$ 3,9 bilhões em vendas para o mercado e R$ 1,9 bilhão para o governo


PATRICIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
No segundo ano da pandemia, o mercado editorial brasileiro registrou uma melhora geral em seus índices, com livros do segmento de obras gerais apresentando, pelo terceiro ano seguido, um aumento nas vendas. Isso não quer dizer, porém, que o balanço final seja positivo.
No segundo ano da pandemia, o mercado editorial brasileiro registrou uma melhora geral em seus índices, com livros do segmento de obras gerais apresentando, pelo terceiro ano seguido, um aumento nas vendas. Isso não quer dizer, porém, que o balanço final seja positivo.
Em 2021, o faturamento das editoras com vendas para o mercado foi negativo: uma queda, descontada a inflação, de 4%. Os didáticos, que encolheram 14% no ano passado, contribuíram para esse desempenho negativo. Não foi um bom ano, mas foi um ano melhor do que 2020, quando a queda geral, real, foi de 13%.
Os dados foram apresentados nesta terça (17), e constam da Pesquisa Produção e Venda do Setor Editorial Brasileiro, feita pela Nielsen Book para a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e o Sindicato Nacional de Editores de Livros (Snel), com informações de 2021.
Foram apresentados, ainda, os resultados de uma segunda pesquisa, a Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro. Ela mostrou um crescimento de 12% no consumo de conteúdos editoriais digitais, mas isso não foi suficiente para ampliar sua participação no faturamento das editoras, que segue em 6%.
As editoras faturaram R$ 5,8 bilhões em 2021 - R$ 3,9 bilhões em vendas para o mercado e R$ 1,9 bilhão para o governo. No total, foram comercializados 409 milhões de exemplares - ante os 354 milhões de 2020.
Este é o segundo ano da pandemia, mas para as editoras de didáticos é como se fosse o primeiro, de acordo com a economista Mariana Bueno, responsável pela pesquisa. Isso porque as escolas fecharam em março de 2020, quando o ano letivo já havia começado e os livros já haviam sido comprados pelas famílias. "Além disso, por causa da crise econômica, houve uma migração de alunos da escola particular para a escola pública e há relatos constantes de editores sobre a adoção de sistemas de ensino, que, ano após ano, tem impactado negativamente o setor. Foi uma queda substancial; o ano de 2021 de didáticos foi o ano de 2020 para o restante", explica ela.
Outro destaque foi o subsetor de Científico, Técnico e Profissional, que, embora ainda negativo, registrou uma melhora. "Estamos nos recuperando. Sobrevivemos até que bem", diz Vitor Tavares, presidente da CBL.
Dante Cid, presidente do SNEL, comenta que se surpreendeu com o resultado da pesquisa Conteúdo Digital. "Imaginei que o crescimento seria maior e que isso faria o share aumentar. Cresceu, mas não o suficiente para sairmos dos 6%." O levantamento avaliou a venda e produção de e-books, audiolivros e outros tipos de conteúdos.
O faturamento ficou em R$ 180 milhões no ano passado, ante R$ 147 milhões em 2020. Em 2021, as editoras venderam 9,4 milhões de unidades - 98% em e-book e 2% em áudio - à la carte. Um detalhe interessante: 72% dos audiolivros vendidos são de não ficção.
Com esse tipo de venda, à la carte, as editoras faturaram R$ 125 milhões, um crescimento real de 10,4%. Fora isso, elas faturaram R$ 55,6 milhões com outras categorias, como bibliotecas virtuais, cursos online e assinatura. Os serviços de assinatura registram crescimento de 52%.
Agência Estado
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO