A Academia Brasileira de Cinema (ABC) anunciou nesta sexta-feira (15) que o filme Deserto particular, de Aly Muritiba, será o candidato oficial do Brasil para tentar uma vaga entre os indicados ao próximo Oscar de melhor filme internacional.
A escolha foi feita por uma comissão formada por profissionais do setor. Fazem parte do comitê de seleção o montador Felipe Lacerda, o produtor Leonardo Edde, o crítico Luiz Zanin, a produtora Paula Barreto, a atriz Virginia Cavendish, o diretor Allan Deberton, a produtora Andrea Barata Ribeiro, o diretor e roteirista Belisário Franca, a executiva Gisélia Martins, o diretor e produtor Cacá Diegues e a atriz e diretora Bárbara Paz.
Na disputa, estavam ainda os filmes
7 Prisioneiros, A nuvem rosa, A última floresta, Cabeça de Nêgo, Callado, Carro Rei, Cavalo, Doutor Gama, Limiar, Medida Provisória, Meu nome é Bagdá, Por que você não chora?, Selvagem e
Um dia com Jerusa.
Deserto particular conta a história de Daniel, um ex-policial que mora em Curitiba e tem uma vida infeliz, até que ele parte numa jornada em direção ao sertão baiano à procura de Sara, uma mulher com quem ele desenvolve uma relação amorosa a partir de aplicativos de mensagem.
O
filme foi exibido no último Festival de Veneza e integra a programação da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que começa na semana que vem. A estreia de
Deserto particular no circuito está marcada para o dia 18 de novembro.
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, responsável pela entrega do Oscar, marcou sua próxima cerimônia para o dia 27 de março do ano que vem.
De acordo com o calendário da organização, a lista de filmes pré-selecionados para algumas categorias -incluindo a de filme internacional - será divulgada em 21 de dezembro deste ano. Menos de dois meses depois, em 8 de fevereiro, o público saberá quem realmente foi indicado à premiação.
No ano passado, o escolhido para representar o Brasil no Oscar foi o documentário
Babenco: Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, de Bárbara Paz, que acabou não entrando na lista. A última vez que o país foi indicado entre os filmes estrangeiros foi com
Central do Brasil, de 1998. Antes disso, só
O Pagador de Promessas,
O Quatrilho e
O que é isso, Companheiro? já haviam chegado perto da estatueta da categoria.