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Cultura

- Publicada em 23 de Setembro de 2021 às 17:05

Infinitas conexões das letras

Lilian Rocha é a primeira patrona negra da Feira do Livro de Canoas, que acontece a partir de amanhã em formato híbrido

Lilian Rocha é a primeira patrona negra da Feira do Livro de Canoas, que acontece a partir de amanhã em formato híbrido


ALISSON MOURA/DIVULGAÇÃO/JC
Trazendo o tema 26 letras, infinitas conexões, a 37ª edição da Feira do Livro de Canoas acontece entre amanhã e o dia 12 de outubro, em um formato que revezará atividades presenciais e online. A programação do evento, com curadoria de Luciano Alabarse e tendo como patrona Lilian Rocha, foi anunciada na semana passada, em evento promovido pela Secretaria Municipal da Cultura de Canoas. Todas as atividades são gratuitas.
Trazendo o tema 26 letras, infinitas conexões, a 37ª edição da Feira do Livro de Canoas acontece entre amanhã e o dia 12 de outubro, em um formato que revezará atividades presenciais e online. A programação do evento, com curadoria de Luciano Alabarse e tendo como patrona Lilian Rocha, foi anunciada na semana passada, em evento promovido pela Secretaria Municipal da Cultura de Canoas. Todas as atividades são gratuitas.
Na agenda, estão previstas atividades como mesas, palestras, atrações artísticas, sessões de autógrafos, contação de histórias, oficinas e aulas espetáculos. A abertura, amanhã, terá atividades na Praça da Bandeira (localizada em frente à igreja matriz São Luís Gonzaga), com o Coral de Canoas (Cocan), às 16h, e um show do músico e compositor canoense Pedro Longes no Teatro do Sesc local, às 18h30min. Na praça, também estarão as 20 bancas de livreiros presenciais, selecionados via edital.
Ao todo, serão 80 atividades, envolvendo mais de 90 escritores locais, nacionais e internacionais. Entre outros, estão confirmados nomes como Claudia Tajes, Daniel Galera, Eduardo Bueno, Francisco Marshall, Jefferson Tenório, Luís Augusto Fischer, Nilson Souza, Paula Teitelbaum e Toninho Vaz. Diariamente, às 19h, serão promovidas Sessões de Gala, reunindo alguns desses nomes para debater temas como escrita criativa, temáticas distópicas e do fim do mundo e a produção literária de mulheres e de pessoas negras.
Os psicanalistas Mário Corso e Diana Corso que, além de compartilharem a mesma profissão, também são parceiros de vida e literatura, são os homenageados desta edição. A Feira também celebra as obras de Josué Guimarães (que completaria 100 anos em 2021), Walter Galvani e Décio Dalke. O evento de entrega das homenagens aos três últimos acontece no domingo 10 de outubro, às 21h, com a participação de Sergius Gonzaga.
Promovida em parceria com a Pucrs, uma mesa reunindo os escritores portugueses Alexandra Lucas Coelho, Afonso Reis Cabral e Isabela Figueiredo está marcada para o dia 6 de outubro. A programação também inclui quatro aulas-espetáculo: Todas as horas do fim: Torquato Neto, com Toninho Vaz; Clarice Lispector: A Hora da Estrela, com Ana Mariano, Deborah Mutter e Cátia Simon; Bob Dylan, músico e poeta, com Eduardo Bueno; e A queda para o Alto: Caio F. e João Gilberto Noll, com Flavio Ilha, Márcia Ivana e Cristiano Goldschmidt.
Todos os dias, a maratona literária é encerrada com performances artísticas de nomes como Richard Serraria, Jonatan Ortiz Borges, Adriana Deffenti, Rodrigo Nassif Violão e Jazz, Glau Barros e Zé Caradípia, entre outros. No domingo (3), ocorre um recital em homenagem à Luiz Melodia, com a participação do biógrafo do compositor, Toninho Vaz. O lançamento nacional da obra acontece nesta edição da Feira, e o recital contará com participação do músico Renato Piau.
Dentro das temáticas abordadas nesta edição, é significativa a escolha de Lilian Rocha como primeira patrona negra da Feira do Livro de Canoas. Entre outras obras, ela é autora de A vida pulsa – poesias e reflexões (2013), Negra Soul (2016) e Menina de tranças (2018). A última obra, reunindo poemas e textos curtos que abordam a trajetória de vida da escritora, foi finalista do Prêmio Minuano de Literatura em 2019. "O fato de eu ser mulher negra é importante para a representatividade. Mas não é estanque. Recebi retorno de muitas mulheres negras e não negras que se sentiram representadas com a minha eleição", salienta a autora, que detém uma cadeira na seccional gaúcha da Academia de Letras do Brasil, além de atuar como diretora de Relações Sociais da associação.
De acordo com o curador Luciano Alabarse, a Feira trará "um mundo de diferenças", valorizando o talento em diferentes esferas. A escolha de um formato híbrido vem, segundo ele, da percepção de uma ansiedade do público. "É uma coisa que a gente percebe com muita clareza, as pessoas vinham frequentemente me perguntar se teríamos atividades presenciais (na Feira). Por outro lado, muita gente ainda tem preocupação, e isso é absolutamente natural, já que a pandemia não acabou".
Outro enfoque, segundo Alabarse, está na valorização da produção local, sem deixar de lado a dimensão mais ampla que se espera da segunda maior feira literária do Estado. "Estamos seguindo a velha máxima do Tolstói: falar da aldeia para alcançar o mundo", anima-se.
A programação completa da 37ª Feira do Livro de Canoas, bem como informações extras sobre os eventos e os participantes, estão disponíveis no site da prefeitura do município (www.canoas.rs.gov.br).
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