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Cultura

- Publicada em 20 de Junho de 2021 às 15:05

Bloco da Laje lança single 'Terremoto clandestino' com videoclipe

Para o coletivo, o ato de brincar é extremamente revolucionário

Para o coletivo, o ato de brincar é extremamente revolucionário


AFROVULTO/DIVULGAÇÃO/JC
Lara Moeller Nunes
Nada se compara com a energia de estar na rua junto ao público. Mas, enquanto isso ainda não é possível, o Bloco da Laje buscou novas alternativas para garantir a proximidade com a galera. Em meio a um projeto que une diversas frentes de atuação, o coletivo lança nesta segunda-feira (21), às 10h, no canal de YouTube da Laje, o videoclipe da música Terremoto clandestino. A estreia do single, assim como as demais atividades realizadas, acontece de forma totalmente virtual com objetivo de reforçar o compromisso de distanciamento social.
Nada se compara com a energia de estar na rua junto ao público. Mas, enquanto isso ainda não é possível, o Bloco da Laje buscou novas alternativas para garantir a proximidade com a galera. Em meio a um projeto que une diversas frentes de atuação, o coletivo lança nesta segunda-feira (21), às 10h, no canal de YouTube da Laje, o videoclipe da música Terremoto clandestino. A estreia do single, assim como as demais atividades realizadas, acontece de forma totalmente virtual com objetivo de reforçar o compromisso de distanciamento social.
A canção escrita por Thiago Lazeri, mesmo que já fizesse parte do repertório do grupo há algum tempo, ainda não havia sido gravada em estúdio. Descrita como um maracatu pulsante, ela fez o povo dançar e brincar muito nas apresentações e cortejos de carnaval. Em entrevista ao Jornal do Comércio, Diego Machado, diretor artístico da produção e um dos idealizadores do Bloco, diz que a força visual das performances foi o que motivou a elaboração do clipe.
O trabalho faz parte do projeto Circulação Bloco da Laje 4 estações, que originalmente previa uma série de shows presenciais em Porto Alegre e na região metropolitana. Com a chegada da pandemia, porém, adaptaram a ideia para que pudesse ser realizada de maneira segura. “Já tínhamos experiências anteriores na criação de vídeos, então nos sentimos confortáveis para assumir novamente esse trabalho", conta Machado. O principal desafio foi conseguir trazer para as telas a potência transmitida nas ruas e nos palcos.
No primeiro momento de isolamento, o coletivo ficou desnorteado com a quantidade de restrições impostas, pois vinham de uma sequência intensa de apresentações pelo Brasil. A situação gerou provocações entre os integrantes da equipe para que encontrassem possíveis novos formatos de atividades e dinâmicas. Drops de vídeos com diferentes temáticas, peças virtuais, lives e seminários foram alguns dos materiais produzidos por eles durante esse período.
A junção dessas experiências foi essencial para que conseguissem, agora, dar continuidade ao projeto. “Tudo que estamos fazendo é com o intuito de manter o Bloco forte para poder voltar às ruas quando todo mundo estiver vacinado”, explica.
A confecção do videoclipe de Terremoto clandestino contou com muita pesquisa dentro do acervo e das memórias digitais do grupo. Machado diz que todo esse processo foi muito impactante e importante, pois ele pôde visualizar o quão poderoso é o trabalho que foi construído nos últimos dez anos. “Estamos muito fragilizados e abalados. Isso mexe muito com o nosso emocional, mas esse resgate serve para nos manter em pé, com a chama acesa e sonhando”, relata emocionado.
Todas as imagens, registros de shows e ensaios encontrados serviram de referência para a construção do vídeo, desenvolvido a partir da linguagem de animação. Para isso, convidaram Amanda Malheiros Trindade, uma ilustradora de São Paulo que, através de uma ponte virtual, ajudou a desenvolver o produto final. “Apesar das limitações, o resultado foi ótimo. Conseguimos transpor a energia do nosso trabalho. Somos da rua, do encontro e do convívio, e era isso que queríamos mostrar, trazendo também um pouco de calor para o coração do público. O roteiro funciona como uma homenagem ao nosso carnaval”, comenta Machado.
A programação do projeto, que começou no dia 9 de junho e vai até este sábado (26), conta também com uma série de oficinas lúdicas. As atividades já realizadas promoveram dinâmicas virtuais de construção de fantasias e maquiagens. A última, que acontece nesta quarta-feira (23), convida os participantes a respirarem profundamente, encontrando um tempo para o contato e experimentação a partir do próprio corpo.
Para encerrar o evento no sábado, a Festa Carninverno exibe performances cênicas dos artistas, às 20h, celebrando e festejando de maneira divertida tudo que foi produzido até então. O diretor diz que, para o coletivo, a brincadeira é coisa muito séria. “Falamos muito de educação, saúde, cidadania, arte e cultura. Em tempos sombrios como o que estamos vivendo, o ato de brincar é extremamente revolucionário.”
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