Produzido pela Primeira Fila Produções, o projeto foi contemplado pelo edital do Governo do Estado do Rio Grande do Sul para o fomento à cultura, em atendimento ao previsto na Lei Federal Aldir Blanc. As exibições contam também com a parceria da OVNI Acessibilidade Universal, disponibilizando opções de audiodescrição e intérprete de libras.
O resultado do trabalho surpreende pela qualidade das imagens. “A gente aproveitou a luz original e conseguiu gravar com várias câmeras de uma só vez. Não foi preciso refazer nenhuma cena, nenhum take. Dessa forma, foi possível captar os atores em diversos planos e, ao mesmo tempo, garantir a naturalidade do elenco e manter a obra o mais próximo possível à versão criada para ser assistida presencialmente”, explica Boca Migotto.
Palácio do fim mistura realidade e ficção, e é composto por três histórias que dimensionam um dos mais longos e brutais conflitos armados do século, a ocupação norte-americana no Iraque (2003-2011). O título da obra faz referência ao lugar onde eram colhidos os depoimentos de presos políticos durante a guerra. O primeiro texto, Minhas Pirâmides, conta a história da militar americana Lynndie England, conhecida por ter sido fotografada sorrindo ao lado de prisioneiros iraquianos em Abu Ghraib.
A segunda cena mostra David Kelly, inspetor britânico que revelou à BBC que as armas de destruição em massa procuradas por George W. Bush e Tony Blair não existiam. No último monólogo, apresentam Nehrjas Al Saffarh, esposa de um líder iraquiano contrário ao regime.
As sessões virtuais serão realizadas de 5 a 16 de maio, de quarta-feira a domingo, às 20h. Os ingressos, que custam R$ 10,00, são adquiridos através do
site Entre Atos. Toda a renda arrecadada será revertida para a Casa do Artista Riograndense.